Embrapa integra capacitação de combate à mosca-da-carambola no Suriname
O Suriname está investindo na retomada das ações de controle desta praga e conta com o apoio técnico-científico do Mapa e da Embrapa
Após vários anos de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, incluindo testes em laboratórios e a campo no Brasil e no exterior, a australo-americana AgBiTech chega ao mercado de bioinseticidas para controle de lagartas-pragas das principais culturas agrícolas. A companhia anuncia já na safra 2019-20 a introdução da primeira mistura quádrupla de baculovírus com amplo espectro de ação, que chega ao mercado com a marca Surtivo Plus.
Segundo a presidente global de Pesquisa & Desenvolvimento da AgBiTech, Paula Marçon, o registro de comercialização do novo produto no Brasil foi concedido em tempo recorde pelos órgãos reguladores.
Conforme a executiva, Surtivo Plus age no manejo de resistência às lagartas que mais transferem prejuízos a grandes cultivos brasileiros, como soja e algodão: Helicoverpa armigera, Chrysodeixis includens (falsa-medideira) e principalmente o complexo de Spodoptera, que a cada safra se mostra mais resistente ao controle químico.
De acordo com o pesquisador da Fundação Chapadão (MT), Germison Tomquelski, o número de aplicações de lagarticidas aumenta safra após safra. Nos últimos dois ciclos, ele acompanhou tanto aplicações isoladas da mistura quádrupla de baculovírus da AgBiTech como também a alternância deste produto com os inseticidas químicos. “Nas áreas em que o baculovírus foi aplicado isoladamente, proporcionou resultados similares aos obtidos com inseticidas químicos. Os benefícios mais evidentes foram em termos de produtividade e redução de custos”, ressalta o especialista.
Tomquelski relata ainda que em alguns dos seus campos experimentais tratados com baculovírus houve registro de produtividade entre 72 sacas por hectare e 75 sacas/ha. “Nas pesquisas em que ocorreu aplicação de baculovírus associado a inseticidas químicos, a produtividade chegou a 80 sacas por hectare”, revela o pesquisador. Para ele, os baculovírus serão os protetores dos inseticidas químicos. “Essa tecnologia oferece mais tranquilidade no manejo de lagartas e se integra efetivamente aos diversos sistemas de produção, com custos bastante competitivos”, conclui Tomquelski.
Para o diretor geral da AgBiTech na América Latina, Adriano Vilas Boas, o novo Surtivo Plus marca a conclusão do primeiro ciclo de inovação liderado pela empresa no agronegócio brasileiro. Trata-se do 6º lançamento da companhia no País, num período de apenas dois anos.
“Construímos um portfólio flexível e desenvolvemos uma equipe agronômica altamente capacitada, presente no campo, perto do produtor. Nos posicionamos para atender ao agricultor no monitoramento de lavouras, na identificação de espécies de lagartas e na determinação de momentos críticos para aplicações de baculovírus, por exemplo”, destaca Vilas Boas.
Outra inovação trazida pela empresa, acrescenta ele, foi o desenvolvimento de tecnologias de ponta para coleta de dados, “ferramentas que demonstram benefícios técnicos e econômicos de nossos produtos em nível de fazendas”. “Ao lançar agora Surtivo Plus, primeiro lagarticida do mundo à base de baculovírus, com amplo espectro, a AgBiTech reforça seu posicionamento revolucionário dentro do agronegócio brasileiro e global”, continua Vilas Boas.
Paula Marçon, a presidente global de Pesquisa & Desenvolvimento, acrescenta que recentemente a AgBiTech se tornou a primeira e única empresa de defensivos biológicos associada ao IRAC Internacional (Comitê de Ação à Resistência de Inseticidas). Fundado há duas décadas por companhias do setor de agroquímicos, o IRAC tem por objetivo estudar e combater o desenvolvimento da resistência de pragas a moléculas inseticidas.
A executiva informa ainda que no mês de abril deste ano o IRAC chancelou em publicação oficial a inserção dos inseticidas à base de baculovírus no mais novo grupo da tabela de classificação por modo de ação, o Grupo 31. “Trata-se de um reconhecimento científico aos lagarticidas à base de baculovírus enquanto ferramentas eficazes ao manejo de resistência de pragas a inseticidas”, finaliza Paula Marçon.
O CEO global da AgBiTech, Peter Berweger, fala com entusiasmo da construção do portfólio da empresa no Brasil. “Os órgãos regulatórios do País fazem excelente trabalho priorizando produtos mais sustentáveis. Tivemos sete de nossos produtos registrados nos últimos dois anos, um recorde mundial impressionante”, comemora o executivo.
Berweger enfatiza que a adição do Surtivo Plus ao portfólio da AgBiTech constitui uma conquista notável. “O Brasil é o maior mercado de controle de insetos do mundo e figura entre as grandes prioridades de nossa empresa. O portfólio da AgBiTech se encaixa perfeitamente ao manejo integrado de um amplo espectro de lagartas de grande importância econômica. Continuaremos a investir fortemente para consolidar a posição de liderança da AgBiTech no agronegócio brasileiro.”
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