Chefia da Embrapa Clima Temperado é reconduzida até 2013
Diante de novas perspectivas para os produtos brasileiros na China, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) conclui o processo de treinamento dos primeiros adidos e entre eles o que irá para embaixada brasileira em Pequim.
A China é o maior importador de grãos do mundo e o Brasil está consolidado entre seus principais fornecedores, principalmente de soja. De 42 milhões de toneladas dessa oleaginosa que entraram naquele mercado em 2009, 16 milhões foram produzidas no Brasil, representando 38% do total.
O médico veterinário Esequiel Liuson, designado para o posto também está em São Paulo/SP participando dessa última fase de preparação, com mais sete adidos, que farão trabalhos semelhantes nos Estados Unidos, Japão, União Europeia (Bélgica), Rússia, Suíça, Argentina e África do Sul.
Liuson explica que a China é um mercado muito interessante para os diversos setores produtivos, principalmente pela totalidade de seus habitantes: um quinto da população mundial. “À medida que o consumo interno de um determinado alimento cresce entre os chineses, sem dúvida, gera demanda para outros países”, avalia. O futuro adido agrícola acredita que a carne bovina é uma oportunidade de aumento das exportações brasileiras para a China. “Embora o processo de habilitação de frigoríficos seja lento, como adido, poderei identificar os pontos que dificultam essas exportações e, com certeza, melhorar as condições para que o Brasil alcance melhor este mercado”, afirma Liuson, que fala fluentemente o mandarim.
Até sexta-feira (26) o grupo de adidos agrícolas permanece em São Paulo e, na segunda (29) e terça-feira (30) estarão em Uberaba/MG, para visitas a frigoríficos.
Na terça-feira (23/03), em São Paulo/SP, os adidos agrícolas, que vão atuar em oito postos internacionais, reuniram-se com setores representativos do agronegócio.
Eles debateram necessidades, demandas e o posicionamento de setores como cana-de-açúcar e carnes bovina, suína e de aves.
O grupo, que já esteve em Catanduva/SP para assistir a colheita mecanizada da cana-de-açúcar, permanece em São Paulo, até o fim desta semana. "Essa é uma forma de ampliar o conhecimento sobre os mercados externos e, certamente, contribuir para organizar a minha agenda de trabalho no exterior", afirma Bivanilda Tapias, que assumirá o posto na embaixada do Brasil na Argentina.
Estados Unidos, Japão, Rússia, Suíça (OMC), China, União Europeia e África do Sul também terão técnicos para promover e defender o agronegócio nacional. "Considero que esses profissionais são a elite do Ministério da Agricultura e poderão atuar de forma decisiva para ampliar negociações dentro das embaixadas", afirmou o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto, que acompanha o grupo.
A interação desses profissionais com o setor privado é a última etapa do programa de preparação dos adidos, realizada desde fevereiro pelos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores (MRE). Na segunda (29) e terça-feira (30), o grupo vai para Minas Gerais acompanhar processos em abatedouros. A previsão é que os selecionados comecem o trabalho no país de destino em dois meses.
Leilane Alves
Mapa
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura