Abrapa inicia agenda de visitas de verificação dos laboratórios de HVI em seis estados

Iniciativa faz parte do chamado "terceiro pilar" do programa Standard Brasil HVI.

19.09.2017 | 20:59 (UTC -3)
Catarina Guedes

Com a chegada nesta segunda-feira (18/09) ao laboratório de classificação de fibra da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) dá início ao calendário de visitas de verificação dos laboratórios que fazem parte do programa do Standard Brasil HVI (SBRHVI). Lançado em 2016, o SBRHVI visa a parametrizar e garantir credibilidade e transparência aos resultados obtidos nos laboratórios de classificação de algodão que atendem aos produtores brasileiros, fortalecendo, consequentemente, a imagem da fibra nacional. Nesta etapa, serão ao todo 12 laboratórios e 57 equipamentos conferidos nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia, Mato Grosso e São Paulo.

 No escopo do SBRHVI, as visitas aos laboratórios fazem parte do "terceiro pilar", que envolve a capacitação, orientação, treinamento e atendimento aos laboratórios participantes do programa. Os outros dois pilares são o Banco Nacional de Dados da Qualidade do Algodão Brasileiros e o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que foi inaugurado em Brasília, em dezembro de 2016.

De acordo com o gestor do programa de Qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi, essa agenda de visitas tem importância fundamental nesta etapa do SBRHVI. "Trata-se da safra-piloto: a primeira desde a implantação do CBRA. Nosso desafio é harmonizar as práticas nos laboratórios, e isso passa por uma série de verificações e requisitos que precisam ser cumpridos. Já foram realizadas 4,4 mil análises do algodão de checagem, o que representa em torno de 885 mil amostras de produtores.  Os laboratórios estão empenhados em fazer o melhor e tenho certeza de que as visitas serão muito produtivas", afirma Mizoguchi.

O algodão de checagem são as amostras-padrão produzidas no CBRA, com algodão brasileiro, e distribuídas aos laboratórios participantes do programa. Elas são postas em análise a cada 200 classificações por instrumento de HVI, e a coincidência entre os índices apurados com os números do padrão revelam o bom funcionamento do equipamento.

O gerente do laboratório da Agopa, Rhudson Assolari, considerou positivo o resultado da visita. "Sempre há oportunidade de melhorias. Controle de qualidade é algo que nunca está concluído definitivamente. Os desafios se renovam e se tornam mais complexos. De quando comecei a trabalhar com análise, há 17 anos, até hoje, quase tudo mudou. O processo é muito mais profissional, as estruturas evoluíram muito. Por isso, a aprendizagem tem de ser constante", diz.

 

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