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O ano de 2013 começou há menos de um mês e a ABPM - Associação Brasileira dos Preservadores de Madeira - já tem razões para comemorar. Depois de vários anos de trabalho, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou as normas NBR 6232 - Penetração e retenção de preservativos em madeira tratada sob pressão, e NBR 16143 - Preservação de Madeiras - Sistema de categorias de uso, que a entidade considera como um marco para o setor "A ABPM sempre acreditou nas Normas Técnicas como instrumentos de abertura e consolidação de mercados", pontua Flávio C. Geraldo, presidente da entidade. "Não se trata de coincidência que mercados fortes na utilização de madeira tratada no Brasil - em especial os de postes, mourões, dormentes, carretel para bobinas - têm Normas Técnicas", complementa.
Elcio Lana, Diretor Adjunto de Normatização da ABPM, enfatiza a importância tanto da revisão de textos antigos quanto da elaboração de novos. "Entendo a publicação dessas normas como forma de desenvolver e disciplinar o mercado, com orientações tanto ao produtor quanto ao consumidor". Geraldo completa: "Com base na norma, o fornecedor tem condições de garantir ao usuário o desempenho do produto".
Para trabalhar cada norma, a Diretoria Adjunta de Normatização cria uma comissão específica. Sérgio Brazolin, biólogo do IPT, e coordenador da comissão da NBR 16143, salienta que a utilização da madeira tratada na construção civil precisava de uma norma simples e didática. "Essa ferramenta vai auxiliar engenheiros e arquitetos a decidirem a espécie de madeira e o tratamento adequado para que não ocorram ataques de insetos e apodrecimento do material, aumentando a vida útil do sistema construtivo". Afinal, seguindo as tradicionais orientações da ABPM, que já se tornaram um verdadeiro mantra, “a escolha do produto e do processo de tratamento depende do tipo de madeira e das condições em que será utilizada.”
"O setor da construção civil não tinha parâmetros para a utilização da madeira tratada. Agora tem. E a nossa expectativa (e desafio) é consolidá-la esse segmento, pois existe um grande espaço a ser preenchido por ela", declara Geraldo. No Brasil, de acordo com dados estimativos da ABPM, o volume de madeira tratada em autoclave por ano é de apenas 1,5 milhão de m³, sendo que apenas entre 5 e 10% é utilizado na construção civil (de 60 a 65% vai para a área rural, em especial mourões para cerca; 15% para o setor elétrico; e o mesmo percentual para o segmento ferroviário).
Nos Estados Unidos são utilizados mais de 12 milhões de m³ de madeira tratada por ano, e aproximadamente 70% da produção destinada ao setor da construção. No Canadá, 3,2 milhões de m³, e na Europa, 4 milhões de m³ somente em sistemas construtivos. Lana destaca que além das questões técnicas, houve a preocupação com os aspectos legais, portanto todos os princípios ativos dos produtos preservativos mencionados nesse texto normativo estão devidamente registrados no IBAMA.
Gisleine Aparecida da Silva, química, também do IPT, foi a coordenadora da revisão da NBR 6232. "A última versão dessa norma era de 1973, e muita coisa em termos de métodos, equipamentos e produtos preservativos mudou ao longo do tempo. Além disso, ela não contemplava ensaios de retenção, que agora constam da norma e foram acreditados pelo INMETRO", explica.
Flávio C. Geraldo ainda chama a atenção para a importância do conjunto formado pelo programa de autorregulamentação do setor de madeira tratada, lançado em 2012, e pelas normas técnicas. "Enquanto o Qualitrat atesta a qualidade e a legalidade na produção da madeira tratada pelas usinas de preservação, a norma garante a parte técnica".
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