A Helicoverpa armigera continua se alimentando bem

16.03.2015 | 20:59 (UTC -3)

Responsável por perdas bilionárias da safra brasileira do ano passado e aumento do custo de produção, desde 2012 e identificada em 2013, a praga Helicoverpa armigera vem prejudicando fazendas em todo o Brasil. Os motivos para a falta do controle são diversos, desde a difícil identificação da lagarta até seu alto grau de variedade de espécies e partes de plantas que come e seu potencial de se alimentar mais rápido que outras pragas existentes no País. Segundo pesquisadores, há relatos de mais de cem espécies de plantas que podem ser hospedadas e atacadas pela Helicoverpa armigera, além do milho, soja e algodão. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a estimativa dos custos com defensivos cresceram 30% por conta dessa praga. Mas e a solução? Diante desse cenário, sempre ao lado do produtor e contribuindo com a sua produtividade e rentabilidade nas lavouras, o engenheiro agrônomo e gerente de inseticidas da FMC, Adriano Roland, dá dicas de como se prevenir, mas adianta que adotar medidas práticas para restabelecer minimamente o equilíbrio biológico é o caminho para amenizar a problemática :

Monitorar a lavoura é essencial. A adoção de monitoramentos frequentes nas lavouras, antes, durante após o desenvolvimento das culturas é uma estratégia eficaz para a prevenção dos danos causados por estas lagartas. Produtores têm usado armadilhas com feromônio sexual com resultados na fase adulta da Helicoverpa. A FMC disponibiliza ao mercado o feromônio Plato para Helicoverpa armigera, que atrai a mariposa da lagarta Helicoverpa armigera (forma adulta) para uma armadilha, facilitando a identificação e o dia a dia do produtor que tem dificuldade em determinar se essa lagarta está presente em sua lavoura e correm o risco de adotar medidas de controle não eficientes.

Identificar a largarta é fundamental. Segundo especialistas, é uma espécie que apresenta grande mobilidade e alta capacidade de sobrevivência sob condições adversas, podendo completar várias gerações por ano, finalizando seu ciclo de ovo a adulto entre quatro a seis semanas no período de verão. O adulto apresenta nas asas anteriores uma série de pontos nas margens e uma mancha em forma de vírgula na sua parte inferior. As asas posteriores são mais claras apresentando uma borda marrom escura na extremidade apical, havendo dimorfismo sexual entre machos e fêmeas. Uma fêmea pode colocar de 1000 a 1500 ovos sempre de forma isolada sobre os talos, frutos e folhas de preferência no período noturno. Para a postura, preferem a página superior das folhas e as superfícies pubescentes, sendo que o período de postura pode durar de 8 a 10 dias. A lagarta possui coloração variável, do verde e amarelo claro a um tom mais escuro. São detalhes característicos, a sua cápsula cefálica de cor pardo claro a um tom mais escuro, umas finas linhas brancas laterais e a presença de pelos. Quando perturbada apresenta um comportamento peculiar encurvando a cápsula cefálica até o primeiro par de falsas pernas, permanecendo deste modo por um bom tempo. Apresentam uma tendência a agressividade, são carnívoras e propensas ao canibalismo. Na dúvida, procure engenheiro agrônomo que possa ajudá-lo.

Os agricultores têm empregado também ferramentas de controle químico e biológico, como os bioinseticidas à base de vírus e de bacilos, bem como os produtos químicos disponíveis no mercado, para controlar essa praga. Recomenda-se que nas aplicações de inseticidas é importante rotacionar os modos de ação dos produtos para reduzir a pressão de seleção dos ingredientes ativos. Já com relação ao uso do controle biológico, o vazio sanitário nas lavouras foi considerado melhores do que anteriores. Intensificar a assistência agronômica em todas as lavouras. Consulte um especialista.

Manejo FMC

A FMC investiu nessa guerra ao combate a Helicoverpa armigera desde o começo e hoje o produtor pode contar com um manejo mais equilibrado e eficaz no campo. Diante desse problema que ainda causa danos principalmente nas lavouras de soja, a companhia disponibiliza ao produtor mais um aliado e lança o inseticida biológico Helicovex que combinado com os químicos contribui para o controle da proliferação dessa praga.

Conhecido como NPV (vírus da Poliedrose Nuclear), o Baculovirus é eficiente no controle da Helicoverpa armigera com eficiência e seletividade. Mais concentrado, ele age por ingestão, reagindo com o PH alcalino do sistema digestivo da praga, que quando infectado, é levado à morte. Após a colonização das células da lagarta, ocorre o rompimento do tegumento que libera o líquido contendo vírus pelas folhas, contaminando as outras lagartas que se alimentem delas. Ele é indicado para a primeira aplicação na fase de ovos e depois repetir em um intervalo de oito dias.

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