Valtra expõe em Brasília geração III dos tratores da linha BH acima de 130 cv
A segunda safra de milho já é realidade em Mato Grosso há alguns anos e, safra após safra, vem aumentando a produtividade e ganhando espaço no mercado internacional. Nesta safra, a expectativa é que se colha cerca de 16 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Alguns especialistas já projetam 19,4 milhões de toneladas para o estado. Segundo o diretor executivo da Aprosoja, Marcelo Duarte, será um recorde histórico.
“Pelo segundo ano consecutivo o Brasil vai produzir mais milho safrinha do que safra. O fator preocupante é que não temos mercado interno para este consumo e as exportações ainda são pequenas”, afirmou durante o Circuito Aprosoja em Tapurah, nesta terça-feira (14). O município produz milho em uma área de 52,9 mil hectares e soja em 165 mil hectares.
O milho é plantado na maioria dos países do mundo, mas o maior produtor são os Estados Unidos, com 300 milhões de toneladas. Em seguida vem a China, com cerca de 190 milhões de toneladas e o Brasil, com 73 milhões de toneladas. As exportações ainda são bastante baixas por este fator, apenas 10% do que é produzido no Brasil vai para outros países. Os maiores importadores são Japão, México e Coréia do Norte e todos compram menos de 10 milhões de toneladas.
Em sua palestra, Marcelo Duarte mostrou que, se a safra de milho norte-americana for boa haverá uma produção de 970 milhões de toneladas do grão, com consumo de 925 milhões de toneladas e essa conta pode afetar fortemente os preços. “É necessário que o mercado interno consuma mais milho e também que o governo aja comprando a produção para que o preço não caia significativamente”, explicou.
Soja – A soja continua sendo a commodity mais importante para os produtores mato-grossenses e brasileiros. Neste ano, o Brasil passou os norte-americanos na produção da oleaginosa, com 84 milhões de toneladas. Devido à forte seca nos Estados Unidos, o país produziu 82 milhões de toneladas e a Argentina vem em terceiro lugar, com 52 milhões de toneladas. “Se Mato Grosso fosse um país, seria o quarto maior produtor de soja do mundo”, disse Marcelo Duarte.
Do total da produção brasileira, 70% vai para a China, nosso maior consumidor. O executivo chinês Lin Tan está participando do Circuito Aprosoja e apresentando aos produtores porque seu país é tão ávido pelo grão. O segundo vice-presidente da Aprosoja na região Norte, Silvésio de Oliveira, acredita que é importante ter informações diretamente do cliente. “As palestras são excelentes para sabermos o que outros produtores, de outros países, e o nosso principal cliente pensa sobre a nossa produção e no que podemos melhorar”, afirmou.
Para ele, também foi importante a participação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), que é realizador do Circuito Aprosoja, com a divulgação de cursos fundamentais para a qualificação do produtor rural. O delegado de Tapurah, Waldemar Kirnev, também aprovou o formato. “Achei interessante o formato deste Circuito Aprosoja, com palestrantes internacionais. Pela participação dos produtores com perguntas, podemos perceber que foi aprovado pelos participantes”, finalizou.
O Circuito Aprosoja é uma realização da Aprosoja e Senar-MT, com patrocínio da Bayer, Basf e Syngenta.
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