Mudanças na coloração e no comportamento e dificuldade de controle do ácaro-rajado em cultivos de mamoeiro no Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia deixam em alerta produtores e pesquisadores. Provável alteração fisiológica aponta para a necessidade de cuidados adicionais no uso de inseticidas.
O ácaro-rajado (Tetranychus urticae) tem sido citado há anos como praga do mamoeiro no Brasil e em vários outros países. Nesta e em diversas outras plantas, como soja, feijão e algodão, ataca principalmente as folhas medianas a basais, deixando-as geralmente amareladas devido à retirada dos cloroplastos das células. Isto é extremamente relevante, por estarem os cloroplastos ligados à fotossíntese das plantas e consequentemente à produção da cultura. Os adultos do ácaro-rajado apresentam cor verde-amarelada, com um par de manchas laterais escuras (Figura 1); as fêmeas são muito mais numerosas e maiores que os machos.
O Norte do Espírito Santo e o Sul da Bahia estão entre as principais regiões produtoras de mamão do País. Embora o ácaro-rajado esteja presente sobre as plantas ao longo de todo o ano nessas regiões, seus níveis de ocorrência são mais elevados durante os meses secos, condição que favorece seu desenvolvimento. O controle do ácaro-rajado tem sido feito com diversos produtos, tanto químicos quanto biológicos (principalmente fungos patogênicos), mas nos últimos anos seu controle tem se tornado mais difícil, o que tem levado os produtores a intensificar o uso de produtos químicos.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura