Wagner Rossi reforça potencial brasileiro na produção sucroalcooleira

23.11.2010 | 21:59 (UTC -3)

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, classificou o compromisso para aperfeiçoar as condições de trabalho nas lavouras de cana-de-açúcar como um avanço importante nas relações sociais do governo federal. Ele participou, nesta terça-feira (23), da cerimônia de apresentação dos resultados das ações governamentais para o setor sucroalcooleiro nos últimos oito anos, em Ribeirão Preto (SP). “O governo constitui riquezas para todos. O empresariado nunca progrediu tanto, mas, ao mesmo tempo, houve uma busca constante para assegurar os direitos dos trabalhadores. O agronegócio bom é aquele que beneficia toda cadeia produtiva”, defendeu.

 

O Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar (ZAE Cana) também foi lembrado pelo ministro como medida fundamental para proteger o bioma do país e, ao mesmo tempo, abrir novas terras para a cana-de-açúcar. Outro destaque no período, na opinião de Rossi, foi o financiamento da estocagem de etanol, que garante a estabilidade dos preços do combustível e permite a fidelidade do consumidor.

 

Rossi rechaçou, ainda, as críticas de que a fabricação de biocombustíveis a partir da cana compromete a agricultura. “Quem diz que a cana-de-açúcar ameaça a produção de alimentos não conhece o setor sucroalcoleiro”, declarou. Ele lembrou, ainda, que a cana ocupa apenas 1% do território nacional e que, em regiões produtoras, como a de Ribeirão Preto, são plantados amendoim, soja e outros alimentos para a renovação dos canaviais.

 

“Temos muito a comemorar os resultados desses últimos oito anos”, disse o presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank. Segundo ele, no período, o volume plantado de cana-de-açúcar subiu de 320 milhões para 640 milhões de toneladas e a cana-de-açúcar tornou-se a segunda fonte de energia do país, atrás do petróleo. Jank afirmou, ainda, que 50% de todo o álcool comercializado no mundo é nacional e que os altos investimentos no setor, que ultrapassaram US$ 20 bilhões, permitiram ao Brasil ter a maior frota de carros flex do mundo.

 

Laila Muniz

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