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A moagem de cana-de-açúcar para safra brasileira 2015/16 deve atingir a 642 milhões de toneladas, cerca de 14 milhões de toneladas a mais em relação à de 2014/15, conforme divulgou em coletiva para jornalistas, o presidente da DATAGRO Consultoria Agrícola, Plínio Nastari.
Apesar do baixo volume de precipitação deste o início deste ano, a produção de cana-de-açúcar está se desenvolvimento de forma regular. Dessa forma, a primeira estimativa da DATAGRO aponta para uma produção de açúcar no Brasil de 35,48 milhões de toneladas. No acumulado, a região Centro-Sul do país deverá produzir 32 milhões de toneladas de açúcar, enquanto na região Nordeste produzira 3,48 milhões de toneladas.
Etanol
Conforme prevê a DATAGRO, a produção de etanol na safra 2015/16 atingirá um acumulado de 29,11 bilhões de litros, de todo Brasil. A produção do biocombustível já havia batido seu primeiro recorde com 28,19 bilhões de litros em 2014/15. E, a partir deste cenário, há expectativas de que o próximo período seja mais alcooleiro, com crescimento de 2%. “Nesta safra, vamos testar os limites de produção de etanol”, afirma Plinio.
O maior consumo de etanol hidratado, que registrou elevação de mais de 20%, tem estimulado este segmento. Oaumento da mistura de anidro na gasolina, que deve passar de 25% para 27% ou 27,5%, além o impacto da alteração do regime de ICMS incidente sobre a gasolina e o etanol hidratado, no estado de Minas Gerais, também têm influenciando positivamente este segmento. “O impacto destas medidas é determinante para o balanço oferta-demanda de etanol, impactando o mix de produção”, afirma Plinio. Ele também completa: “O crescimento da frota flex no mercado também impactarão nesta oferta. Atualmente, a frota de veículos flex cresceu em 67%”.
Além disso, o aumento da CIDE trouxe uma esperança ao setor sucroenergético, pois há a possibilidade de maior competividade do etanol frente à gasolina.
Entretanto, Plinio alerta: “O retorno da tributação ainda não e suficiente para mudar as perspectivas do setor. Enquanto não houver políticas públicas, também não haverá investimentos. O setor precisa ter confiança no mercado. Ações como esta apenas darão um folego para o pagamento das dívidas, mas não a recuperação total do setor”.
Usinas
Com a crise que assola o setor desde 2008, usinas tem que lidar com queda de produção e consequentemente fecham suas portas. Nos últimos seis anos, 83 usinas pararam de operar. Segundo a DATAGRO, na próxima safra de 2015-16, mais nove usinas devem encerram as atividades. “Em moagem, isso significou uma perda de mais de 75 milhões de toneladas neste período”, finaliza o presidente da DATAGRO
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