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O valor bruto da produção agropecuária (VBP) de 2017 é estimado em R$ 550,4 bilhões, representando acréscimo de 4,2% sobre os R$ 528,3 bilhões de 2016. Um dos principais fatores para a expansão da VBP é o aumento da produtividade das lavouras – especialmente as algodão, milho e soja. O montante foi calculado a partir de dados de safras de março deste ano e refere-se ao faturamento dentro das propriedades rurais.
O VPB foi divulgado nesta quinta-feira (13) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo os números da SPA, as lavouras tiveram aumento de 8,7%, somando R$ 370,9 bilhões. Já a pecuária teve redução de 2,5%, ficando em R$ 179,5 bilhões.
“O resultado favorável para as lavouras deve-se especialmente às expectativas para a safra deste ano”, destaca José Gasques, da Diretoria de Crédito e Estudos Econômicos da SPA. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), acrescenta, prevê uma safra de 227,9 milhões de toneladas, com acréscimo de 20% na produtiva. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) projeta uma produção de 230,3 milhões de toneladas, com crescimento de 29,1% no rendimento das culturas.
Os produtos que apresentaram melhor desempenho são algodão, com aumento real do VBP de 11,8 %; amendoim, 15,8 %; arroz, 20,7%; feijão, 37,4 %; fumo, 25,1 %; milho, 39,7 %; soja, 9,6 %, e uva, 34,8%. Soja e milho têm expectativas muito favoráveis para este ano, com crescimento recorde de produção. Mesmo assim, diz Gasques, esses dois produtos podem sofrer alteração de valor nos próximos meses, com a queda nos preços.
Na pecuária, os destaques são para suínos, 2,8%; leite, 5,9 %; e ovos, 8,8%. Esses produtos se beneficiam de uma combinação de preços maiores do que em 2016 e também de aumento do volume de produção, assinala Gasques.
Já os produtos com maiores reduções de valores reais da safra deste ano são a cebola (-53,6 %), laranja (-9,4 %), mamona (-41,7 %), tomate (-32,4 %), trigo (-34,8 %) e maçã (11,0 %). Neste grupo, quedas de preços têm sido o principal fator a contribuir para a redução de valor. Na pecuária, valores mais baixos do que em 2016 são observados em bovinos e frangos.
No ranking regional do VPB, o Sul continua liderando, com R$ 156,0 bilhões. A seguir, vem o Cento–Oeste, com R$ 153,0 bilhões; o Sudeste, com R$ 142,0 bilhões; o Nordeste, com R$ 51,5 bilhões; e Norte, com R$ 33,0 bilhões.
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