Novos expositores apostam na Bahia Farm Show 2016
Entre os dias 12 e 15 de novembro, a UPL Brasil reuniu um time de oito especialistas para discutir sobre os desafios técnicos da cultura do algodão no Brasil. Entre eles, destacam-se engenheiros agrônomos e consultores de regiões produtoras como sudoeste de São Paulo, oeste da Bahia, sul e sudoeste de Goiás, além de Mato Grosso e Minas Gerais. “Conseguimos reunir cerca de 35% da área desse tipo de cultivo que é atendida por consultores em todo o País", informou a interface do grupo e gerente de marketing de produto da UPL, Luciano Zanotto. Os encontros ocorreram no Hotel Meliá Ibirapuera, em São Paulo/SP.
O objetivo da reunião foi identificar desafios e oportunidades na cultura algodoeira, sempre com foco em inovação e soluções diferenciadas. “Nota-se uma mudança eminente no mercado de algodão e a UPL está adequando um portfólio mais forte para entrar nesta cultura", informou o gerente de marketing da UPL, Gilson Oliveira. Durante o evento, os especialistas puderam conhecer, entre outros itens, como funcionam as áreas de desenvolvimento de produto e de desenvolvimento técnico de mercado da multinacional indiana.
Nas reuniões, os consultores apresentaram os resultados de testes feitos com soluções para esse tipo de cultura. Os desafios são grandes, pois para cada hectare, são cerca de quatro milhões de estruturas florais entre os 35 a 120 dias de ciclo do algodão – isto é, um jardim propício ao ataque de pragas. As doenças deste tipo de plantio podem causar prejuízos de até 50% na produção e diminuição na qualidade das fibras. “Nosso objetivo é identificar moléculas e soluções com amplo espectro de controle e baixo impacto aos inimigos naturais das pragas", informou o engenheiro agrônomo da Guerra Consultoria, Jonas Guerra. Entre as principais conclusões, foi possível notar que, em manejo de resistência, não é possível fazer oito ou nove aplicações de um único produto. “Os produtos UPL testados pela Ceres apresentaram performances capazes de serem incluídos num programa fitossanitário do algodão", afirmou o engenheiro agrônomo da Ceres Consultoria, Evaldo Takizawa. Entre os produtos testados, estava a o inseticida Perito, relançado recentemente pela UPL Brasil. “O produto apresentou combate a várias pragas da lavoura, como mosca branca e bicudo. Nosso objetivo é, nos próximos testes, reconsiderar as doses para comprovar a eficiência, buscando identificar onde ele é mais efetivo", comentou o engenheiro agrônomo da Ide Consultoria, Milton Ide.
Como próximos passos, o grupo de consultores planeja identificar os principais desafios no combate às pragas para os próximos dois anos na cultura do algodão. No que se refere a herbicidas, as principais ervas daninhas são Amaranthus palmer, Digitaria insulares, capim pé-de-galinha e buva. Entre as soluções de manejo para herbicidas, estão tecnologia de dicamba, rotação de cultura em períodos distintos e dessecação pós-colheita. No combate aos insetos, a mosca branca, bicudo, ácaros e pulgão permanecem como os principais alvos. Para isso, propõe-se destruição dos restos culturais e plantas voluntárias, monitoramento, inovação nas técnicas de aplicação, além de novos produtos e uso de tecnologias transgênicas. Para os fungicidas, a falta de monitoramento, a perda de eficácia dos produtos atuais no mercado e o uso excessivo de uma única modalidade de controle são os principais riscos. Como possível solução, estuda-se a realização de pesquisas para desenvolvimento de novos produtos e busca de novas variedades da planta com mais resistência a doenças. A próxima reunião do time de pesquisadores da UPL está prevista para ocorrer em Campinas/SP, em janeiro de 2016.
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