Comitiva australiana conhece a produção de cevada no Brasil
Grupo representando o governo da Austrália participou de evento promovido na Embrapa Trigo, em Passo Fundo (RS), sobre o cultivo do grão
Em sua 25ª edição, o Seminário de Agregação de Valor em Horticultura acontece no próximo dia 23 de novembro no Anfiteatro da Cati Regional de Ribeirão Preto (SP). O evento é gratuito, e são esperados mais de 150 participantes, baseado em números de 2019. Inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site da Embrapa.
De acordo com Sally Blat, pesquisadora do IAC e coordenadora do seminário, a expectativa é que o evento cumpra, mais uma vez, o seu objetivo principal de mostrar tecnologias para a agregação de valor aos produtos e as novidades no mercado hortícola. “Muitos dos participantes são produtores rurais de cultivo em sistema orgânico e a maioria dos temas das palestras visam auxiliar esse público, mostrando que existem várias tecnologias que devem ser usadas na produção desse nicho de mercado agregando maior produtividade e qualidade ao seu produto”, destaca.
Também serão abordados temas como a importância da matéria orgânica no solo, controle biológico de doenças de plantas - uso e tendências, cultivo experimental da baunilha, fertilidade do solo e nutrição, microverdes - novidade e sobre o cultivo da batata - histórico e novidades.
Para Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, um dos palestrantes, o controle biológico pode ser conceituado como “o uso de um organismo para reduzir a densidade populacional de outro organismo” e possivelmente, seja o método mais bem sucedido, tanto economicamente, como ambientalmente. “É eficaz no controle de doenças e praticamente das plantas e das plantas invasoras. Na minha palestra serão apresentados os conceitos e os quatro diferentes tipos de controle biológico: natural, conservacionista, clássico e aumentativo”, diz Bettiol.
O controle biológico natural é o tipo de controle onde as pragas e doenças são controladas por antagonistas e inimigos naturais de ocorrência natural, sem qualquer intervenção humana. O controle biológico conservacionista consiste nas ações humanas para proteger e estimular a preservação e o aumento natural de agentes benéficos. No clássico, os inimigos naturais são encontrados em uma área de exploração, geralmente na área de origem da praga, patógeno ou planta invasora, e em seguida, liberados em áreas onde se deseja aumentar o número de agentes de biocontrole, podendo resultar na população permanente .
O controle biológico aumentativo é aquele em que os antagonistas, os entomopatógenos, os parasitoides e os predadores são aplicados de forma massiva em uma cultura, portanto esses organismos precisam ser produzidos em larga escala. É o mais conhecido entre os agricultores, pois tem como base a aplicação de um agente de biocontrole disponível no mercado.
“Neste sentido, apresentamos os mecanismos de ação e a eficiência de um fungo – Trichoderma – e de uma bactéria – Bacillus – antagonistas de fitopatógenos e promotores de crescimento de plantas, além da importância de aumentar o teor de matéria orgânica do solo para provar um ambiente adequado para os bioagentes”, completou.
Mais informações podem ser obtidas através do e-mail: sally.blat@sp.gov.br
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