Seca na região Sul se intensifica, indica a última atualização do Monitor de Secas

Em junho o Paraná se manteve como único estado do Sul com registro de seca fraca e moderada

24.07.2024 | 16:51 (UTC -3)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico

Entre setembro de 2023 e junho de 2024, Santa Catarina (SC) ficou livre de seca, conforme a última atualização do Monitor de Secas – esta é a maior sequência de meses consecutivos nessa condição no Brasil. Já o Rio Grande do Sul (RS) vem se mantendo livre de seca desde outubro de 2023. Somente SC, RS, Alagoas (AL), Paraíba (PB), Rio Grande do Norte (RN) e Sergipe (SE) ficaram livres de seca em junho deste ano.

Por sua vez, o Paraná teve a intensificação do fenômeno, pois a área com seca moderada aumentou de 10% para 26% do estado entre maio e junho – cenário que resultou no aumento da severidade do fenômeno na região Sul. Já a área total com seca no Paraná se manteve em 60% de seu território – com isso, a área com registro do fenômeno ficou estável em 20% do Sul em junho. Com esse cenário, a região teve a menor área com o fenômeno entre as cinco regiões monitoradas no País no último mês.

A seguir estão os destaques por estado da região Sul no último mês.

Cenário nacional

Entre maio e junho, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em três unidades da Federação, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Mato Grosso, Pará e Roraima. No sentido oposto, em outras oito unidades da Federação a seca se intensificou nesse período: Acre, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Em termos de severidade, a seca ficou estável em dez unidades da Federação: Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins. Outros seis estados seguiram livres de seca em junho: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.

Na comparação entre maio e junho, sete estados registraram o aumento da área com seca: Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Já em outros quatro estados houve a redução da área com seca: Amazonas, Ceará, Pará e Piauí. Em dez unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia, Roraima e Tocantins. Por sua vez, seis estados se mantiveram livres de seca em junho: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.

As cores do gráfico indicam as regiões Centro-Oeste (rosa), Sudeste (azul), Nordeste (verde), Sul (Ciano) e Norte (cinza)
As cores do gráfico indicam as regiões Centro-Oeste (rosa), Sudeste (azul), Nordeste (verde), Sul (Ciano) e Norte (cinza)

Quatro unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio deste ano: Acre, Amazonas, Distrito Federal e Roraima. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 11% a 98%.

As cores do gráfico indicam as regiões Centro-Oeste (rosa), Sudeste (azul), Nordeste (verde), Sul (Ciano) e Norte (cinza)
As cores do gráfico indicam as regiões Centro-Oeste (rosa), Sudeste (azul), Nordeste (verde), Sul (Ciano) e Norte (cinza)

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de maio, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. No total, entre abril e maio, a área com o fenômeno aumentou de 5,68 milhões para 5,83 milhões de km², o equivalente a 68% do território brasileiro.

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