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A terceira reestimativa da safra de laranja 2023/24 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, divulgada hoje pelo Fundecitrus, mantém a projeção anterior, de dezembro do ano passado, de 307,22 milhões de caixas de 40,8 kg – uma redução de 0,7% milhões de caixas em relação à projeção inicial de maio de 2023.
Enquanto a colheita das variedades precoces encerrou com um aumento de 2,27 milhões de caixas, graças às chuvas abundantes no primeiro semestre de 2023, as projeções para as variedades de meia-estação e tardias ainda indicam uma queda de 4,39 milhões de caixas.
A atual reestimativa não teve alteração devido às condições climáticas desfavoráveis que persistiram nos dois meses seguintes à última revisão, com chuvas abaixo da média histórica e temperaturas elevadas. Outros fatores que influenciaram a diminuição da safra incluem a incidência de greening que continua crescendo nas propriedades do cinturão citrícola e o ritmo mais acelerado da colheita nesta temporada, reduzindo o tempo disponível para o desenvolvimento dos frutos.
De acordo com o coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, Vinícius Trombin, a interação desses fatores resultou em frutos de tamanhos menores do que o esperado nas variedades de meia-estação e tardias, o que culminou na redução da produção dessas variedades. “Embora tenha prejudicado o crescimento das laranjas, o ritmo mais acelerado de colheita ajudou a reduzir a perda de frutos causada por queda prematura e atenuou a redução da produção”, afirma.
Considerando que mais de 95% da produção já foi colhida, os números dessa reestimativa refletem com precisão a atual situação da safra, com pouca margem para mudanças até o seu encerramento. As atualizações da taxa de queda prematura e dos tamanhos dos frutos nos diferentes setores, nesta revisão, não foram suficientes para afetar o número geral da safra devido à pequena variação observada e à compensação entre eles, com o aumento em alguns fatores e redução em outros.
A projeção da taxa de queda de frutos permanece em 19,0%, em média, considerando todas as variedades. Na distribuição da taxa de queda entre as variedades, as precoces Hamlin, Westin e Rubi encerraram em 10,8%, enquanto as outras variedades precoces atingiram 12,1%. A Pera Rio registrou 19,0%, enquanto Valência e Valência Folha Murcha mantiveram-se em 22,0%, e a variedade Natal em 28,9%. Considerando todas as variedades, são necessários 255 frutos para compor uma caixa de 40,8 kg, oito frutos a mais em comparação com o avaliado em maio.
Assim, o peso das laranjas permanece projetado em 160 gramas, contrastando com o peso médio inicialmente projetado em 165 gramas. Essa medida representa um peso inferior ao da média dos últimos 10 anos, que é de 163 gramas.
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