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O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) e da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), está elaborando um novo projeto: a criação de uma Escola de Irrigação. Trata-se de um espaço de treinamento e demonstração de todas as técnicas de irrigação por aspersão e gotejamento, além de gestão racional da água e manejo do solo. O público-alvo são agricultores e técnicos em irrigação, suprindo uma carência de formação histórica do setor.
Um grupo de trabalho foi destacado pelo Governador Tarso Genro para consolidar a proposta da Escola da Irrigação. A finalidade da Escola é propor uma mudança de cultura, especialmente entre os técnicos, ao mostrar a necessidade de se investir na irrigação. Hoje, 70% da safra gaúcha sofre algum grau de restrição hídrica, apontou o secretário adjunto da Agricultura, Cláudio Fioreze. "Precisamos informar os técnicos e demais agentes que, além da Escola, existe todo um conjunto de políticas públicas de apoio à irrigação, e que eles devem aproveitar essa oportunidade", complementou.
O diretor-presidente da Fepagro, Danilo Rheinheimer dos Santos, destacou que a Fundação já vem se preparando há algum tempo para a instalação da Escola de Irrigação em seu Centro de Pesquisa em Júlio de Castilhos (Fepagro Sementes). "Alocamos novos servidores e pesquisadores em Júlio de Castilhos, além de investirmos em novos equipamentos e maquinário agrícola, inclusive com a aquisição de um sistema de irrigação por pivô central", explica. Ainda assim, segundo ele, será preciso o apoio das demais instituições do grupo de trabalho, especialmente para a composição de recursos humanos dedicados à Escola.
Instituições de ensino como o IFRS, Instituto Federal Farroupilha e Universidade Federal de Santa Maria, que também fazem parte do grupo de trabalho, ofereceram a estrutura de seus campi para a realização das aulas. Também se dispuseram a abrir cursos com a temática da irrigação através do Pronatec. A Secretaria Estadual de Educação e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) serão convidados a participar do projeto.
A iniciativa privada também estará envolvida na consolidação da Escola de Irrigação. De acordo com José Hermeto Hoffman, da Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), a Escola pode servir como uma via de mão dupla, tanto para o Governo do Estado, quanto para as empresas de irrigação. "Essas empresas terão um espaço para a demonstração de diferentes sistemas de irrigação dentro da Escola, que, por sua vez, formará clientes em potencial desses produtos. A ideia é conseguirmos cobrir o custo de manutenção da Escola através de uma parceria de longo prazo com as empresas", explicou.
Nas próximas semanas, o grupo de trabalho se dedicará à elaboração do projeto da Escola de Irrigação, sua estrutura jurídica, a preparação de dois cursos iniciais de teste e a busca por parcerias com empresas privadas. O grupo terá até o final de novembro para apresentar a proposta ao governador. A ideia é que a Escola de Irrigação já comece a oferecer cursos no início de 2014.
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