Reunião em Berlim discute cooperação em política energética

07.12.2011 | 21:59 (UTC -3)
Inez De Podestà

Brasil e Alemanha discutem a cooperação em política energética, com apresentação sobre desenvolvimentos recentes na regulamentação e promoção das fontes renováveis de energia nos dois países. O debate inicia nesta quinta-feira, 8 de dezembro, na II Reunião do Acordo Brasil-Alemanha sobre Cooperação no Setor de Energia com Foco em Energias Renováveis e Eficiência Energética em Berlim. O diretor substituto do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jose Nilton de Souza Vieira, participa do evento.

Os países também vão discutir as possíveis áreas de atividade do novo Grupo de Trabalho sobre Eficiência Energética. Além disso, vão analisar a troca de informações em fóruns multilaterais - Global Bioenergy Partnership e International Organization for Standardization. O Brasil vai apresentar as perspectivas para tratamento do tema energia na Conferência Rio+20.

O diretor substituto apresentará as políticas públicas para biocombustíveis, em particular a experiência brasileira com o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar. Jose Nilton Vieira vai mostrar a estratégia do país para apoiar o desenvolvimento da bioenergia em outros países em desenvolvimento.

Na sexta-feira, 9 de dezembro, ocorre o primeiro encontro dos especialistas designados para integrar a força-tarefa que deverá implementar as atividades do Acordo de Cooperação. A agenda de trabalhos contempla a realização de seminários, campanhas de promoção dos biocombustíveis. Também estão programadas reuniões de coordenação sobre temas de interesse comum, como as ações da Parceria Global de Bioenergia (Global Bioenergy Partnership-GBEP, na sigla em inglês) e o processo de elaboração da norma de sustentabilidade da bioenergia da Organização Internacional para Padronizações (International Organization for Standardization - ISO).

O Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar para a produção de etanol e açúcar busca fornecer subsídios técnicos para formulação de políticas públicas promovendo a expansão e a produção sustentável da cultura no território brasileiro.

Com o uso de técnicas de processamento digital, os autores realizaram uma avaliação do potencial das terras para a produção da cultura da cana-de-açúcar em regime de sequeiro (sem irrigação plena). O estudo considerou as características físicas, químicas e mineralógicas dos solos, relacionados com as necessidades da cultura (precipitação, temperatura, ocorrência de geadas e veranicos).

Os principais indicadores considerados na elaboração do Zoneamento Agroecológico foram a vulnerabilidade das terras, o risco climático, o potencial de produção agrícola sustentável e a legislação ambiental vigente.

As estimativas demonstram que o país não necessita incorporar áreas novas e com cobertura nativa ao processo produtivo, podendo expandir ainda a área de cultivo com canade-açúcar sem afetar diretamente as terras utilizadas para a produção de alimentos.

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