Reposição de nutrientes no solo pós colheita é essencial para estabilidade produtiva

A cada ciclo de plantio, é necessário repor os nutrientes que foram consumidos pelas plantas

15.04.2019 | 20:59 (UTC -3)
Emerson Alves

Na semana em que se comemora o Dia Nacional de Conservação do Solo, especialistas fazem um alerta: repor os nutrientes do solo após uma safra cheia é fundamental para repetir o êxito no próximo ciclo. Segundo os agrônomos, o esgotamento do solo com a perda de nutrientes é provocado por agentes naturais ou por práticas inapropriadas com relação às necessidades da terra e das plantações.

"Práticas agrícolas impróprias são as razões para que o solo 'canse'. O seu uso contínuo (e para uma só cultura) e a falta (ou o excesso) de correções por meio de adubações podem levar a severos desequilíbrios nutricionais. Além disso, o uso ou recomendação sem critérios técnicos adequados de insumos, em geral, pode influenciar negativamente na dinâmica dos macros e micronutrientes do solo, bem como, interferir no componente biológico, especificamente sobre a microbiota benéfica, parte integrante da matéria orgânica do solo (MOS)", explica o engenheiro agrônomo e especialista em solo, Eduardo Silva e Silva.

A qualidade do solo é consequência da adoção de boas práticas de manejo, da análise das suas condições, da aplicação de fertilizantes que conservem e preservem os nutrientes na terra, da consultoria de pessoal capacitado e do respeito ao meio ambiente.

Por isso, a cada ciclo de plantio, é necessário repor os nutrientes que foram consumidos pelas plantas. Cada tonelada de soja em grão, por exemplo, consome cerca de 17 kg de cálcio e 9 kg de enxofre.

"O produtor tem que entender que se colheu bem, é porque a planta 'se alimentou' bem, então precisa repor no solo. O produtor que tem como alvo a soja tem que investir na construção de fertilidade no perfil de solo para seguir colhendo bem", destaca Silva e Silva.

E para favorecer essa construção de perfil de solo o trabalho começa já com as culturas de inverno. De acordo com Silva e Silva, o condicionamento de solo é fundamental para manter ou aumentar a produtividade da soja no verão. "O sulfato de cálcio, por exemplo, neutraliza o alumínio tóxico na planta e ainda atua quebrando a barreira química do solo. Além disso, hidroxila (OH-), silicato (SiO2-) e sulfato (SO24-), quando nas saturações certas, atuam como uma espécie de 'protetores do nutriente fósforo'. Portanto, o produtor que está pensando em corrigir fósforo no inverno, lembre-se: aplique junto um dos tais protetores, de preferência os de efeito imediato, como o sulfato, que se apresenta em altas concentrações no produto sulfato de cálcio granulado.

Uma das alternativas disponíveis ao produtor no mercado de fertilizantes minerais é o SulfaCal, uma tecnologia de produto que fornece os macronutrientes cálcio e enxofre, ambos prontamente disponíveis as plantas. O produto, único no segmento constituído à base 100% de sulfato de cálcio, vem despertando o interesse de produtores em todo Brasil, por ser "puro". Um dos segredos do sucesso do SulfaCal, segundo Marcelo Fortunato, diretor comercial da SulGesso - empresa responsável pelo desenvolvimento do produto-, está na tecnologia empregada na granulação.

"Desenvolvemos uma tecnologia inovadora para granular o produto. O que nos dá uma granulometria mais uniforme, o que permite uma uniformidade de aplicação, baixa umidade, aumento significativo nas concentrações de cálcio e enxofre e fácil aplicação", explica Marcelo Fortunato.

Segundo a empresa, outro aspecto que vem despertando o interesse dos produtores é quanto a versatilidade do SulfaCal, que além de liberar o cálcio e o enxofre, atua na estrutura física do solo, pois promove um processo descompactação do solo, um problema recorrente em várias regiões do país, em especial em áreas de planta de lavoura, pomares e nas de integração lavoura-pecuária.

"Temos inúmeras pesquisas e também resultados de campo que comprovam que essa fonte de cálcio e enxofre solúveis auxilia na descompactação do solo, no enraizamento e na redução do alumínio tóxico, tornando o solo mais bem nutrido, resistente à seca e, consequentemente, oferecendo um aumento de produtividade", afirma Fortunato.

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