Colheita do milho chega a 68% da área plantada no Rio Grande do Sul
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater-RS, a atividade chega a 68% da área implantada
Mesmo com a expectativa de um ano difícil para o agronegócio, haverá conquistas importantes no campo. Essa pode ser a melhor tradução do Balanço do Agronegócio, divulgado pelo Departamento Econômico da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), que pontua sobre as perspectivas de algumas das principais culturas do estado.
O Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário, por exemplo, deve apontar crescimento de 18%. Entretanto, especificamente para o agronegócio, por enquanto, a previsão é de que fique em torno de 0% a -1%. Fatores como o El Niño, que tem influenciado o clima e prejudicado as culturas, com chuvas torrenciais e secas extremas, e os baixos preços das commodities agrícolas estão entre os principais responsáveis pela quebra da safra e o resultado tímido.
“Será um ano difícil e estamos trabalhando para que os produtores rurais, em especial os pequenos e médios, não sejam tão afetados. Além de discutir novos recursos para investimentos, queremos rever políticas de financiamento e seguro rural, para que o campo continue a ser o motor da economia brasileira”, frisou o presidente eleito da Faesp, Tirso Meirelles.
Os recordes de volume e valor das exportações do agronegócio, registrados em 2023, não devem se repetir. A expectativa é que os resultados sejam mais tímidos, já que no último ano as exportações do agro paulista cresceram 10%, contribuindo com US$ 23,7 bilhões para o superávit na balança comercial do estado.
A cana continua sendo a principal aposta do agronegócio no cenário internacional, uma vez que o preço do açúcar está em alta e, em 2024, há diminuição nos volumes exportados pela Índia e Tailândia. A expectativa é de crescimento de 33% da produção, atingindo 29,9 milhões de toneladas, ressaltando que, no último ano, já foi registrada uma expansão de 12% na produção.
Outro produto que teve bom resultado foi a laranja. A produção chegou a 310 milhões de caixas, impulsionada pela forte exportação de suco. Com os problemas apresentados na safra da Flórida, nos Estados Unidos, a laranja deve chegar a novos mercados. E o mercado de carne suína pode ser mais um com perspectivas de crescimento e descoberta de novos destinos, uma vez que os três principais produtores mundiais – China, União Europeia e Estados Unidos – desaceleraram sua produção.
As questões econômicas serão acompanhadas com especial atenção pela Faesp. As novas diretrizes econômicas podem levar ao aumento de gastos governamentais e será necessário estar atento para que a fatura não recaia sobre o setor produtivo. A regulamentação da reforma tributária, discutida durante todo o ano de 2023 no Congresso com forte presença do agronegócio para evitar perdas para o setor, precisa de atenção especial, assim como as discussões em torno na reoneração da folha de 17 setores.
No campo, as novas regras do governo impactaram principalmente no crédito e no seguro rural. Há preocupação com a possibilidade de desequilíbrio fiscal e a indisponibilidade orçamentária para os programas da agropecuária, incluindo a comercialização. Soma-se a isso os juros altos no mercado, o que dificulta o custeio e o investimento no setor.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura