Anec divulga balanço do desempenho das exportações brasileiras de grãos em março
No acumulado do ano, as exportações de soja somam um volume de 18.3 milhões de toneladas
A regularização das condições climáticas no Brasil a partir de fevereiro ajudou a estancar as fortes perdas da produção de soja registradas na virada de ano. O vice-presidente da SNA, Hélio Sirimarco, lembra que a colheita da oleaginosa se encaminha para o fim e que a última pesquisa da Reuters, divulgada em 27 de março, mostrou que a safra 2018/2019 deve ficar em 114 milhões de toneladas.
“Na média de estimativas de 12 consultorias e entidades do mercado, o Brasil, maior exportador global de soja, produzirá na atual safra 114,24 milhões de toneladas da oleaginosa, volume 4,2% menor na comparação com o recorde de 2017/18”, acrescenta Sirimarco.
Ainda que abaixo do recorde do ano anterior, se esse volume previsto for confirmado, a safra atual será a segunda maior da história, ressalta ele, superando por pouco as 114.1 milhões de toneladas de 2016/17. A nova previsão traz ainda uma pequena redução em relação ao levantamento de fevereiro, que previa 114.59 milhões de toneladas.
O vice-presidente da SNA diz que, com a colheita de soja já bastante avançada, sobretudo nas maiores regiões produtoras, como Mato Grosso, a entidade estima que boa parte das perdas de produtividade desta safra já foram contabilizadas.
Área plantada foi recorde
“Esperava-se, inicialmente, que o Brasil produzisse mais de 120 milhões de toneladas de soja na atual temporada, graças a um plantio histórico de 36 milhões de hectares regado a boas condições climáticas. Mas uma estiagem marcada por altas temperaturas entre dezembro e janeiro jogou por terra esse prognóstico”, conta Sirimarco.
Ele explica que as precipitações voltaram ao normal a partir de fevereiro, evitando mais perdas de produtividade, mas não compensando os problemas anteriores. “O resultado é uma safra marcada por expressiva desuniformidade no que tange ao rendimento da soja”, avalia.
De acordo com o executivo, Mato Grosso do Sul e Paraná tiveram perdas de produtividade próximas de 15%, na média, em relação ao último ciclo. No Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), observou-se uma produtividade 13% abaixo do ano passado, mas, ainda assim, 9% acima da média dos últimos cinco anos.
Em termos gerais, Mato Grosso teve produção muito próxima da do ano passado e o Rio Grande do Sul tem perspectivas acima do último ano. “Há ainda trabalhos de campo principalmente no Rio Grande do Sul e no Matopiba, regiões que plantam mais tarde, bem como no Paraná, que viu as atividades perderem ritmo nas últimas semanas por causa da chuvarada”, ponderou Sirimarco.
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