Região Sul é a única livre de seca, aponta a atualização do Monitor de Secas

Esse é o maior período sem o registro do fenômeno na região desde agosto de 2020

15.02.2024 | 13:53 (UTC -3)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico

Entre outubro e dezembro de 2023, os três estados do Sul ficaram livres de seca. Esse é o maior período sem o registro do fenômeno na região desde agosto de 2020, quando o acompanhamento do Monitor passou a ser realizado em todo o Sul

O Paraná, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina ficaram livres de seca entre outubro e dezembro de 2023, conforme a última atualização do Monitor de Secas. Desde que toda a região Sul passou a ser totalmente acompanhada pelo Monitor de Secas, em agosto de 2020, esse é o maior período sem o registro do fenômeno na região.

Santa Catarina ficou livre de seca entre setembro e dezembro de 2023. Já o Paraná e o Rio Grande do Sul estavam sem o registro do fenômeno entre outubro e dezembro. A seguir estão os destaques por estado.

Cenário nacional

Entre novembro e dezembro de 2023, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em dois estados, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Amazonas e Sergipe. Em 15 unidades da Federação a seca ficou mais intensa no período: Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins. Já em São Paulo o fenômeno voltou a ser registrado em dezembro. A seca ficou estável, em termos de severidade, em cinco estados: Alagoas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Já no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina não houve registro do fenômeno. O Amapá entrou no Mapa do Monitor com seca fraca em parte de seu território e, assim, o Monitor passa a cobrir 100% do território nacional.

Na comparação entre novembro e dezembro, três estados registraram diminuição da área com seca: Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Por outro lado, em cinco estados houve o aumento da área com o fenômeno: Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No caso de São Paulo aconteceu o retorno da seca em dezembro. Em outras 14 unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Já no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina permaneceram sem o registro de seca em dezembro, enquanto no Amapá ainda não é possível fazer comparações sobre a variação da área com seca, já que o estado entrou no Mapa do Monitor no próprio mês de dezembro.

Treze unidades da Federação registraram seca em 100% do território em dezembro do ano passado: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe, Mato Grosso e Tocantins; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 20% a 98%.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de dezembro, seguido por Pará, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. No total, em dezembro, a área com o fenômeno foi de 7,35 milhões de km², o equivalente a 86% do território brasileiro.

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