Queda no IPCF em setembro indica momento favorável para aquisição de fertilizantes

O índice fechou em 1.05, caindo 5% em relação a agosto; quanto mais baixo o indicador, melhor a relação de troca para o produtor rural

10.10.2024 | 15:16 (UTC -3)
Diego Pessôa
Foto: divulgação
Foto: divulgação

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de setembro de 2024 fechou em 1.05, caindo 5% em relação a agosto, quando o índice estava em 1.11. O momento é considerado favorável para compra do insumo, já que quanto mais baixo o indicador, melhor a relação de troca para o produtor rural.

No período, houve um aumento médio das commodities de cerca de 1.1% em relação ao mês anterior. Essa subida foi liderada pela soja, com alta de aproximadamente 4% e uma elevação pequena no preço do algodão de 0.2%. Já o milho apresentou queda de 4.8% e a cana-de-açúcar teve redução de 0.4%.

No lado dos fertilizantes houve uma retração de cerca de 1%. A queda foi liderada pelo superfosfato simples (SSP), com redução de 3,54%, seguido pelo cloreto de potássio (KCl) com queda de 2.37%. A alta ficou por conta da ureia em 1%. O fosfato monoamônico (MAP) se manteve estável. O aumento da taxa de juros no Brasil teve certa influência no câmbio. A moeda americana fechou o mês com uma queda de 0.2%, se mantendo estável com relação ao mês anterior.

Com a chegada do plantio do verão, o clima vem apresentando um peso maior nesse último mês.  O La Niña já está ativo e os efeitos já são sentidos, com atrasos no plantio da soja, principalmente no centro-norte brasileiro. Agora, o mercado segue atento ao plantio da soja no Brasil que já começou em alguns estados e ao clima, considerando que, em algumas regiões do país, as chuvas estão escassas. Com relação à safrinha de milho, a comercialização dos insumos segue atrasada em relação ao histórico devido à curta janela de plantio, importante o produtor se preparar com a devida antecedência, evitando potenciais acúmulos logísticos. Também merecem atenção as incertezas relacionadas à possível escalada do conflito no Oriente Médio, que podem afetar de alguma forma o mercado global de fertilizantes e, no caso brasileiro, o fornecimento de fertilizantes para a segunda safra de milho.

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