Qualidade de equipamentos de proteção individual para defensivos é tema de debate em feira internacional

Coordenador do programa IAC-Quepia, resultante de parceria público-privada, pesquisador Hamilton Ramos está à frente de estudos relevantes na área

20.10.2022 | 15:22 (UTC -3)
Fernanda Campos

Considerado o principal evento da área na América Latina, a FISP – Feira Internacional de Segurança e Proteção - ocorreu na capital paulista nos últimos dias. Na abertura do encontro, no auditório da ABNT/CB 32, a feira recebeu o pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador do programa IAC-Quepia de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) na Agricultura, para discutir sobre a “Qualidade de EPI para Agrotóxicos”. Há quase 17 anos, o ‘Quepia’ se dedica a estudos com vistas ao aprimoramento da qualidade de EPI nas aplicações de defensivos.

O programa IAC-Quepia resulta de uma parceria entre o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP na cidade de Jundiaí, e o setor privado. O pesquisador, também diretor do CEA, figura entre os principais estudiosos de EPI agrícolas. Ele é membro do Comitê da ISO dedicado à área e também do Consórcio Internacional de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura, formado por oito países.

Entre os trabalhos recentes mais relevantes liderados por Ramos destacam-se pesquisas voltadas a análises de qualidade de EPI agrícolas, com base na norma ISO 17491-4 e um novo método, desenvolvido no Brasil, cujo objetivo é avaliar procedimentos para a descontaminação de vestimentas protetivas empregadas na aplicação de defensivos. Este último foi apresentado nos últimos dias, em reunião do Consórcio Internacional de EPI realizada na Suíça.

Conforme registros oficiais, desde que foi criado o programa IAC-Quepia responde por uma significativa redução nas reprovações de qualidade de vestimentas protetivas agrícolas fabricadas no Brasil, da ordem de 80% do montante analisado pela iniciativa, em 2010, para menos de 20% nos dias de hoje.

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