Área coberta com seguro rural em 2020 já supera 10 milhões de hectares
Montante supera marca de 2014, quando foram registrados 9,9 milhões de hectares segurados
Com informações que vão desde a escolha da área até o manejo de pragas e doenças, a Embrapa Acre publicou o Sistema de Produção de Abacaxi. Um guia para o cultivo da fruta no Acre. A cultura do abacaxi vem sendo desenvolvida no estado com grande potencialidade de expansão, pois se adapta bem às condições de clima e solo locais, uma vez que a Amazônia é considerada um dos seus centros de origem. Além disso, existe uma forte demanda pelo abacaxi por consumidores regionais, indicando que os produtores rurais podem garantir suas vendas e obter lucros ao realizarem a produção da fruta.
A Embrapa lançou o Sistema de Produção de Abacaxi para suprir a demanda de técnicas sobre o cultivo no Estado do Acre. A publicação foi lançada em 2017, em formato online, e reúne informações sobre a cultura e cultivo para os produtores, técnicos, extensionistas, professores, pesquisadores e estudantes.
O conteúdo da obra contempla referências técnicas também sobre as cultivares, manejo e controles de plantas invasoras, colheita entre outros tópicos. Além disso, há informações sobre a importância econômica, adaptação climática, doença do abacaxizeiro e dados sobre o mercado no Estado.
Segundo Romeu Andrade Neto, um dos editores técnicos da publicação, o sistema de produção é importante para divulgação desse conhecimento e foi desenvolvido a partir de informações científicas levantadas desde a década de 90. “O documento é uma ferramenta de gestão e de execução de ações a serem desenvolvidas pelos diferentes atores da cadeia produtiva do abacaxi. A partir do conhecimento disponibilizado na publicação, e da sua consequente utilização, é de se esperar ganhos em termos de produção e produtividade, assim como aumento de renda e de divisas para o Acre”, afirma.
A cultura do abacaxi fixa o homem no campo, gera empregos diretos e indiretos, por ser demandante em mão de obra, além de garantir renda e qualidade de vida aos produtores rurais. “Seu plantio atende aos diferentes segmentos do agronegócio, pois pode ser cultivado convencionalmente, sob a forma orgânica e ainda de forma integrada. Os frutos podem ser consumidos de forma in natura ou a partir deles podem ser produzidos uma gama de subprodutos”, afirma Romeu.
Em 2019, foram plantados 521 hectares de abacaxizeiro no Estado, com destaque para Epitaciolândia, Capixaba e Porto Acre, segundo dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),. A produtividade ainda é considerada baixa no Acre, em torno de 11.905 frutos por hectare, considerando a média nacional de 24.085 frutos por hectare.
“Maiores produtividades são possíveis de serem alcançadas desde que sejam utilizadas mudas de qualidade, variedades adaptadas, adoção de espaçamentos adequados, adubação, tratamento da indução do florescimento e controle de pragas” explica o pesquisador.
Conforme o documento, a produção de abacaxi no Estado não supre o mercado interno, mas para que isso aconteça, é preciso quantificar a demanda da fruta pelos consumidores e agroindústrias. “É de fundamental importância que seja estabelecido um planejamento que contemple a organização dos produtores, estratégias de cultivo, além de um planejamento de colheita programada”, enfatiza Romeu.
No Acre, atualmente, são cultivados quatro cultivares, tais como a RS Rio Branco, Quinari, Cabeça de Onça e Gigante de Tarauacá, algumas específicas de determinados municípios.
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