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As inscrições para a 12ª edição do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja foram prorrogadas. Os sojicultores que desejarem se auto desafiar para obter ganhos de produção em suas propriedades poderão se inscrever até o 10 de fevereiro no site do CESB (www.cesbrasil.org.br).
A safra 2019/2020 foi marcada por atrasos nos plantios de soja em todo o Brasil por conta de chuvas irregulares. O fato de a chuva ter demorado para chegar em algumas regiões ou ter sido muito intensa em outras, não oferecendo intervalo para efetuar o plantio na janela indicada, gerou, em média, dez dias de atraso no plantio. “Fato esse comprovado pelos nossos números de auditorias realizadas até o presente momento, que representam 50% a menos do que na safra 2018/2019 no mesmo período. Diante disso, decidimos por prorrogar as inscrições, que seriam finalizadas em janeiro”, declara o coordenador técnico e de Pesquisa do CESB, João Pascoalino.
Para poderem participar, os sojicultores devem inscrever suas respectivas áreas atentando-se em separar de 2,5 a 10 hectares para auditoria, podendo concorrer em uma das duas categorias do Desafio: plantio irrigado ou não irrigado (sequeiro). Nesta edição, foi adotado um novo sistema de inscrições, com uma interface mais moderna e intuitiva, para facilitar o acesso e o acompanhamento por parte dos participantes. A revelação dos campeões acontece em junho de 2020 durante o Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja.
Os inscritos que tiverem suas áreas auditadas receberão, ao fim de sua participação no Desafio, um laudo/relatório de suas áreas contendo informações técnicas relevantes, tais como: georreferenciamento da área auditada; descritivo do campo de produção; informações técnicas de manejo; registros fotográficos; além de um certificado de classificação.
O presidente do CESB, o engenheiro agrônomo e Mestre em Economia Leonardo Sologuren, afirma que a importância do Desafio está em auxiliar os produtores a encontrar maneiras de obter crescimento da produção de forma vertical, ou seja, visando o aumento da produtividade, de forma sustentável e rentável. Segundo Sologuren, nos últimos dez anos, a área plantada com soja no País cresceu 52,8%, enquanto o salto na produtividade média foi de apenas 9,5%.
“É fato que o potencial tecnológico da soja tem sido pouco explorado. Enquanto a média da produtividade brasileira foi de 55 sacas/hectare, o CESB já observa inúmeros casos de produtores produzindo acima de 80 sacas/hectare em escala comercial”, relata.
O destaque da edição passada foi o aumento em termos de área plantada, em hectares. A 11ª edição conseguiu atingir 11,1% das plantações de soja do Brasil, o que representa 3,98 milhões de hectares. No total, o Brasil conta hoje com cerca de 36 milhões de hectares.
Para a 12ª edição, o diretor-executivo do CESB, Luiz Antonio da Silva, espera que esse número de áreas participantes cresça ainda mais, por conta de a soja estar se consolidando em todas as regiões do Brasil, demonstrando alta adaptabilidade a todos os tipos de solo. “Isso mostra que o Desafio CESB tem atingido o seu objetivo, que é disseminar informações para que cada vez mais sojicultores possam atingir altos índices de produtividade”, ressalta.
O CESB já iniciou as auditorias nas áreas inscritas que estão em ponto de colheita. As auditorias são realizadas desde 2015 por técnicos e agrônomos da empresa Somar serviços agro, que atua na área de monitoria agrícola há mais de dez anos. Segundo o diretor da Somar, Juliano Nunes, todo auditor de campo passa por um treinamento exclusivo do CESB para poder acompanhar todos os trabalhos que determinarão os campeões do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja. As aferições são realizadas desde a colheita até o romaneio da produção nos armazéns, para poder certificar o mais corretamente possível a pesagem.
A quantidade de auditorias realizadas pelo CESB no Desafio de Máxima Produtividade de Soja aumentou 44% na edição 2018/2019, em relação ao volume da edição de 2017/2018. Os técnicos do CESB visitaram 863 propriedades de sojicultores em todo o Brasil na última edição do Desafio, contra 597, na anterior.
Nunes salienta que a importância da auditoria se dá por gerar um documento que comprova as altas produtividades alcançadas pelos sojicultores, que são transformadas, posteriormente, em cases de sucesso. “Essas informações são difundidas no meio agrícola, de acordo com os princípios do CESB de produzir mais sem haver aumento de áreas cultivadas, pensando na sustentabilidade e garantindo a rentabilidade”, afirma.
Na edição de 2018/2019, o produtor Maurício de Bortoli, de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, foi o campeão nacional, sendo o primeiro na história do Desafio em uma área irrigada. Ele alcançou a produtividade de 123,88 sacas de soja por hectare, o que representa mais do que o dobro da média nacional, que é de 53,4 sc/ha na safra 2018/2019, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O recorde atual no Desafio CESB foi conquistado com o produtor Marcos Seitz, de Guarapuava (PR), que alcançou a marca de 149,08 sacas de soja por hectare. Ele foi o campeão da edição de 2016/2017.
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