Produtores de algodão mantém fortalecidas as práticas sustentáveis na Bahia

Na reta final do plantio, os produtores rurais baianos continuam mantendo a prática da sustentabilidade em todas as etapas da produção do algodão

01.02.2021 | 20:59 (UTC -3)
Hebert Regis

Com o início de mais uma safra, na reta final do plantio, os produtores rurais baianos continuam mantendo a prática da sustentabilidade em todas as etapas da produção do algodão. A entidade que representa o setor, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), possibilitou na última safra 2019/20, que 245.219 mil hectares da fibra produzidas em 80 propriedades do estado recebessem a chancela da sustentabilidade em seus processos administrativos e produtivos. Da lavoura ao escritório, 78,2% da área plantada de algodão na Bahia foi certificada na Bahia, comprovando o cumprimento de rigorosos protocolos que levam em consideração o respeito às legislações ambientais, sociais como trabalhista, saúde e segurança dos empregados além da adoção de critérios de responsabilidade social e sustentabilidade dentro e fora das propriedades.

Por meio da adesão voluntária ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), o produtor se estrutura para cumprir um rígido protocolo de boas práticas agrícolas nas propriedades rurais. Os volumes somam mais de 487 mil toneladas de pluma provenientes de fazendas certificadas pelo ABR e que, por meio de benchmarking com a entidade suíça Better Cotton Initiative (BCI), garante a entrega de pluma sustentável para o Brasil e o Mundo. Para a certificação final, a propriedade deve manter as boas práticas ao atender 222 itens da lista de Verificação de Diagnóstico da Propriedade (VDP) e 178 itens da lista de Verificação para Certificação da Propriedade (VCP).

A coordenadora do Programa ABR/Sustentabilidade da Abapa, Bárbara Bonfim, reforça que "ao aderir ao programa, o produtor promove melhorias na organização da infraestrutura e dos processos de gestão, tornando-se ainda mais seguro na condução da unidade agrícola, ao atender as normativas”, analisa.  Durante a pandemia, as atividades do programa se reinventaram com o estabelecimento de formato remoto das visitas técnicas e das auditorias em respeito às regras sanitárias de isolamento e distanciamento social. “Além disto, também na última safra, começamos a certificar as indústrias de beneficiamento, o que deve ser expandido”, reforça. 

Na safra 2019/2020, houve um incremento de 21% no número de propriedades que aderiram ao programa, o que demonstra que o ABR/BCI vem crescendo junto com as exigências dos novos padrões de consumo e produção estabelecidos pelo mercado mundial. De acordo com o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, o esforço tem sido contínuo por parte dos produtores baianos para manter os pilares sustentáveis no dia-a-dia das propriedades. “Com o trabalho coletivo e coordenado por meio da Abapa, tenho certeza que vamos continuar incentivando o desenvolvimento da pluma sustentável em toda a Bahia”, reforça.

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