Com recorde de público, Fórum Abisolo 2019 concilia conhecimento e negócios
Evento foi promovido pela Abisolo, em Campinas/SP, atraiu cerca de 600 congressistas, além de 38 empresas expositoras. Próxima edição está agendada para 2021
O Planalto Central abriga estados importantes na produção de café, como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Porém, o Distrito Federal também vem despontando no setor.
A qualidade do café produzida na região já é destaque no cenário nacional e rendeu até prêmios, como garante o produtor rural Carlos Alberto Leite Coutinho, vencedor em 3o lugar do 28º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Expresso, realizado em São Paulo no início de abril.
“O Distrito Federal e Entorno tem uma extraordinária aptidão para a produção de cafés especiais, aspecto que desconhecia quando iniciei o cultivo. A descoberta dessa aptidão me proporcionou a conquista de três prêmios regionais e a classificação entre os finalistas nacionais no 28º Prêmio Ernesto Illy, uma das mais importantes premiações da cafeicultura brasileira”, explica Coutinho.
Segundo o produtor, a região do Distrito Federal possui um enorme potencial para estar entre as principais regiões produtoras de cafés especiais do Brasil. “Uma excelente oportunidade para a diversificação da nossa agricultura”, conclui.
Carlos Coutinho cultiva 300 mil pés de café arábica desde 2008, em uma área de 80 hectares em Sobradinho e Brazlândia, cidades-satélites de Brasília. Só na última safra, o empresário colheu 2 mil sacas do produto.
A premiação representa um marco para o setor. Afinal, é a primeira vez que um representante da região Centro-Oeste alcança os três primeiros lugares no concurso, posições geralmente ocupadas por cafeicultores mineiros.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a primeira estimativa para a produção da safra cafeeira (espécies arábica e conilon) em 2019 indica que o país deverá colher entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas de café beneficiado. O resultado representa diminuição de 18,1% a 11,%, respectivamente, quando comparado com a produção obtida em 2018. A área destinada a essa produção também deve apresentar redução em relação à temporada passada, podendo reduzir 1,2% e atingir 1.842,2 mil hectares.
A Feira Internacional dos Cerrados, que acontecerá entre os dias 14 e 18 de maio, irá apresentar para os visitantes duas áreas demonstrativas com diversas variedades de cultivares de café, sendo uma dessas áreas do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). O café terá um amplo espaço no evento, levando em consideração o grande potencial da região para o cultivo do grão, principalmente o café irrigado.
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