Presidente do SINDAG comemora lei que prevê uso de aviões contra o mosquito Aedes aegypti

Júlio Kämpf defendeu que técnica precisa ser testada pelo Ministério da Saúde e criticou manifestação de entidades que atacam a medida misturando dados de lavouras e mosquitos

29.06.2016 | 20:59 (UTC -3)

Enquanto comemora a publicação ontem da Lei Federal 13.301/16 – que entre as ações públicas de combate ao mosquito Aedes aegypti prevê o uso do chamado fumacê aéreo – o presidente em exercício do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (SINDAG), Júlio Augusto Kämpf, voltou a criticar a deturpação das informações divulgadas por entidades e técnicos contra o setor. Sobre isso, o SINDAG chegou a divulgar uma Nota de Repúdio (veja abaixo) à manifestação da última sexta-feira (dia 24) do Fórum Gaúcho de Combate aos Agrotóxicos (FGCA). O dirigente também explica que a entidade já vem conversando com o Ministério da Saúde para que seja criado um grupo técnico para testar a esse tipo de operação.

“É inadmissível que um fórum para uma discussão tão importante e composto por tantos técnicos de diversas entidades lance ao público uma manifestação com tantas informações errôneas e truncadas. Ainda mais depois de, mesmo se intitulando plural e democrático, não ter sequer dado resposta sobre nosso pedido de participar dos debates”, ressaltou Júlio Kämpf, sobre a manifestação do FGCA. O líder reitera que, enquanto todas as críticas têm tido o mesmo tom de informações truncadas, o sindicato aeroagrícola vem propondo há 12 anos que o uso de aviões seja testado justamente para esclarecer as dúvidas e estabelecer um protocolo de operação.

O que o SINDAG está propondo é a mudança do método: o produto aplicado pelo ar seria o mesmo que hoje é aplicado por terra, nos fumacês. Com a diferença de chegar a áreas de difícil acesso e evitar o retrabalho.

“Temos uma experiência positiva ocorrida em 1975 em São Paulo e experiências atuais nos Estados Unidos, México, Argentina e outros países. Além disso, a aplicação de inseticidas contra mosquitos, seja qual for o método, é sempre uma ação emergencial, para casos de grandes infestações. É ponto pacífico que o método mais eficiente e sempre necessário é o combate dos focos de água parada nas residências, prédios comerciais, terrenos e espaços públicos.”

Kämpf lembrou que, enquanto no Rio Grande do Sul a situação da dengue, chikungunya e zika é relativamente controlada, em áreas como o Estado de São Paulo e em regiões do Nordeste o quadro é extremamente preocupante. “São zonas onde o avião poderia fazer uma enorme diferença. Mas comente depois de termos estabelecido com o Ministério da Saúde um protocolo de operação”, concluiu.

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