Brasil e Alemanha firmam acordo de 40 milhões de euros para apoiar agropecuária sustentável
Os recursos serão destinados a iniciativas relacionadas à bioeconomia, inovação das cadeias produtivas na Amazônia e implementação do CAR
Embora o acesso à internet no campo tenha registrado alta no período de 2006 a 2017, passando de 75 mil para quase 1,5 milhão, segundo dados do IBGE, um dos maiores desafios da agricultura 4.0 é a conectividade. O assunto será abordado no painel sobre o papel da ciência, tecnologia e inovação e das instituições para o sucesso do agronegócio brasileiro, que abre o Simpósio Nacional de Instrumentação Agropecuária nesta terça-feira (3), na Embrapa Instrumentação.
O ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, e o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), João Carlos Marchesan, integram o painel, com início logo após a abertura oficial do evento, às 8h30.
Marchesan afirma que a agricultura do futuro vai unir algoritmos, Internet das Coisas, Big Data e Inteligência Artificial, que vão mostrar o campo por cima, com imagens enviadas por satélites cada vez menores e mais baratos. Elas também vão monitorar as plantações por meio de aplicativos para smartphone, com relatórios acessados a qualquer momento pelo produtor.
“Essa visão de futuro, que transforma nossas fazendas em coloridas figuras geométricas nas telas de computadores, tablets e celulares, já está transformando rapidamente a produção agropecuária no Brasil”, afirma.
Mas ele lembra que é necessário ampliar a disponibilidade de serviços de internet no campo para que o percentual de produtores rurais com acesso a internet aumente. De acordo com um estudo do AgroHUB, apenas 14% das propriedades rurais têm alguma cobertura para internet. Como ampliar para as demais 86% que não dispõem dessa tecnologia é uma das questões levantadas pelo presidente da ABIMAQ.
O Brasil é o 10 º maior produtor de máquinas e equipamentos do mundo, o setor gerou uma receita líquida em outubro de 7,64 bilhões de reais, puxado pela demanda interna e empregou mais de 300 mil pessoas neste mesmo mês. Esses são alguns números da contribuição da indústria de máquinas que Marchesan vai apresentar no painel. O Sudeste participa com uma fatia de 44,73%, atrás da região Sul com 50,14%.
Além da demanda interna, o Brasil exporta máquinas e equipamentos para América Latina, Europa e Estados Unidos. Em 2016, a participação relativa da América Latina diminuiu, enquanto a da China aumentou, passando de 1%, em 2015, para 8%, em 2016.
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