Preocupação de recessão global leva à piora do Índice de Poder de Compra de Fertilizantes

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de julho fechou em 1,85, uma alta em relação a junho (1,69)

08.08.2022 | 13:49 (UTC -3)
Lais A. Mariotto
O custo dos fertilizantes diminuiu em julho, puxado pelo nitrogênio. - Foto: Wenderson Araujo/CNA
O custo dos fertilizantes diminuiu em julho, puxado pelo nitrogênio. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de julho fechou em 1,85, uma alta em relação a junho (1,69). O aumento é consequência da preocupação de recessão global, com indicadores de crescimento reduzidos da economia chinesa e alta na inflação norte-americana, que têm contribuído com a aversão ao risco que favorece o aumento do dólar que, em julho, valorizou cerca de 6% em relação à moeda brasileira. Estes fatores levaram a uma queda no valor das commodities agrícolas, levando a uma maior pressão no indicador.

A redução de preços foi registrada, principalmente, no algodão e na soja. A recuperação dos preços no fim do mês, por problemas climáticos nos Estados Unidos, que podem gerar quebra na safra de soja, não foi suficiente para recuperar a perda mensal. O custo dos fertilizantes diminuiu em julho, puxado pelo nitrogênio.

Tabela
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Entendendo o IPCF

O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. Uma relação menor que 1,0 indica que os fertilizantes estão mais acessíveis do que no mesmo período em 2017, e uma relação maior que 1,00 significa que os adubos estão menos acessíveis em comparação com o mesmo período. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

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