Saldo da balança comercial do agronegócio cresce 3,1% no acumulado do ano
O IqPR – Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista registrou queda de 2,04% na segunda quadrissemana de Novembro, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Os produtos que registraram as maiores altas foram: carne suína (9,27%) e arroz (7,16%).
No caso da carne suína, o aumento nos volumes de cevados, direcionados ao mercado internacional via exportação, reduziu a competição no mercado interno e melhorou os preços recebidos pelos suinocultores em meados de outubro, afirmam Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e José Alberto Angelo, pesquisadores do IEA.
A lenta liberação de estoques de arroz pelos produtores motivou o reajuste dos preços do produto do campo ao consumidor final. As intervenções da Conab leiloando estoques de arroz ainda não reequilibraram os preços no mercado nacional.
Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços foram: banana nanica (13,96%), batata (11,30%), laranja para indústria (10,15%) e soja (7,30%).
A elevação da temperatura e a maior ocorrência de chuvas começam a acelerar a formação dos cachos de banana e a aumentar a oferta. Por outro lado, começa também a aumentar a oferta de frutas concorrentes, dando início a ciclo de preços declinantes. A coincidência de safras de diferentes regiões propiciou uma melhora na oferta e consequente queda nos preços da batata.
A queda nos preços da laranja para indústria pode ser atribuída ao fato dos custos da colheita terem sido assumidos pelos compradores e à colheita de variedades menos valorizadas.
Para a soja, a divulgação de valores maiores para a safra norte-americana do produto pelo USDA/USA, além da expectativa da boa produção no mercado interno influenciaram a redução das cotações.
No período analisado, 4 produtos apresentaram alta de preços (2 de origem vegetal e 2 de origem animal) e 14 apresentaram queda (11 vegetais e 3 de origem animal). No período de análise desta quadrissemana a carne de frango não apresentou variação de preços. Já o tomate para mesa, pela ausência de cotações no intervalo base deste estudo, não foi objeto de análise no presente trabalho.
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