Inoculação no sulco de plantio para culturas de grãos nas terras baixas do Rio Grande do Sul
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O Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, Litoral do Paraná, realizou a primeira reexportação de fertilizantes. Ao todo, foram reexportadas 17 mil toneladas do produto, na última semana (22 de setembro), com destino aos Estados Unidos.
A carga - que estava armazenada em recinto alfandegado no terminal, desde o dia 23 de julho - veio do Egito. Devido ao grande volume do produto que foi importado para garantir a safra, bem como a queda registrada nas últimas semanas nos preços dos fertilizantes, principalmente fósforo e potássio, a reexportação foi uma boa estratégia para o setor.
O Porto conta com um entreposto aduaneiro, possibilitando a suspensão do pagamento de tributos, sob controle fiscal.
O presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, explica que a carga chegou ao terminal paranaense há cerca de dois meses e fica na área de armazenagem, mas permanece em propriedade do exportador, se quem tenha sido importada e nacionalizada.
"Ou seja, é como se a carga não tivesse entrado em solo braisleiro. O recinto alfandegado é considerado uma zona neutra, comum em portos para efeito de comércio exterior. Isso aumenta a flexibilidade na comercialização, incluindo esta modalidade de reexportação, sem a incidência de tributos nacionais", relata o presidente. "O diferencial de Antonina é termos a capacidade estática para armazenarmos 320 mil toneladas, com estrutura operacional para a reexportação”, completa Gilberto.
Nos próximos dias já estão programadas a exportação 24 mil toneladas para a Turquia.
A operação é inédita no Porto Ponta do Félix. A modalidade também reduz custos nas movimentações em território nacional. “O produto pode ficar nos armazéns do Porto Ponta do Félix, no estado do Paraná, ou pode ser nacionalizado para um outro estado do país, evitando assim a bitributação”, finaliza Birkhan.
O Brasil é o principal produtor mundial de soja e ocupa o topo do ranking dos países exportadores do grão. No Paraná, segundo produtor nacional, até o dia 03 de outubro, o plantio havia atingido 15% da área estimada com soja da safra 2022/23, segundo dados do Deral - Departamento de Economia Rural do Estado. Segundo dados da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, em agosto, foram descarregadas 773.771 mil toneladas de fertilizantes.
O insumo é essencial para a agricultura e o Brasil depende de fornecedores estrangeiros para suprir a demanda.
O Brasil importa 85% do fertilizante usado nas lavouras. O país comprou um volume recorde de adubos este ano. A medida foi para garantir insumos suficientes para a expansão da área plantada diante dos temores de escassez por conta da guerra entre Ucrânia e Rússia, que é um importante fornecedor.
Para se ter uma ideia, de janeiro a maio deste ano, a movimentação de fertilizantes pelos portos do Paraná, principal porta de entrada do produto no país, teve alta de 14%, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Com tanto produto importado chega a faltar espaço para a armazenagem, o que abre espaço para novos mercados.
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