Pivôs alavancam produção de tomate em Goiás

Fazenda utiliza pivôs Zimmatic, marca da Lindsay

17.09.2019 | 20:59 (UTC -3)
Kassiana Bonissoni

É no pequeno município de Indiara, com pouco mais de 15 mil habitantes a cerca de 100 quilômetros da Capital Goiânia, que o produtor Alaor Ávila vem se destacando na produção de tomates. Há mais de 20 anos na lida no campo e à frente da fazenda Panorâmica, propriedade de aproximadamente 900 hectares, foi a partir de 2015 que veio a grande virada dos negócios quando ele passou a investir na agricultura irrigada.

Ao fazer as contas todo fim de safra, Ávila percebeu que precisava melhorar suas margens, foi quando pesquisou algo que tivesse valor agregado. Por meio de um incentivo de um amigo de infância, resolveu apostar no tomate. No primeiro ano, contou muito com a ajuda do amigo para readaptar a propriedade a nova cultura, mas a partir da segunda safra, já estava tocando a lavoura sozinho. “A agricultura está cada vez mais competitiva, por isso fomos atrás de ajuda técnica especializada para ver quais culturas poderíamos cultivar com maior retorno financeiro”, lembra o produtor.

Ávila então investiu em irrigação, atualmente são cinco pivôs Zimmatic, marca da Lindsay. “A irrigação com pivô central é fundamental para o tomate, pois é uma cultura que precisa de água, mas não gosta de chuva. Com o equipamento, a água é monitorada e chega na planta na quantidade e na hora que precisa, sem a irrigação seria impossível produzir nessa região”, destaca.

Atualmente na fazenda Panorâmica é produzido o tomate rasteiro, uma variedade indicada para molhos com foco na indústria. No caso da propriedade, 100% da colheita é vendida por meio de contratos de exclusividade diretamente para a multinacional Cargill, umas das empresas de capital fechado presente nos cinco continentes.

A fruta é cultivada numa área de 250 hectares no período de inverno, que vai do mês de abril até setembro. De outubro a fevereiro também com irrigação é semeado soja na mesma área. A propriedade tem ainda outros 250 hectares onde é produzida a oleaginosa no esquema de sequeiro.

Apesar da sua função principal de fornecer água de forma homogênea, o produtor utiliza os pivôs para fazer a adubação e ainda a aplicação de defensivos para combater o ataque de pragas ou invasoras. Com uma produção tão integrada nessa atual safra que chega à sua reta final, Ávila está colhendo a média de 90 toneladas por hectare, enquanto a média nacional é de 80 toneladas por hectare. “Este ano devido ao excesso de chuva, tivemos ainda redução de produtividade. Com o auxílio da irrigação já chegamos a colher 111 toneladas por hectares”, destaca o produtor.

Controle na palma das mãos

Além dos pivôs centrais, a fazenda Panorâmica, também conta com a tecnologia FieldNET, solução também oferecida pela Lindsay. A ferramenta possibilita a irrigação de qualquer plantação, em vários tipos de terreno e solo para aumentar a produtividade e utilizar melhor os recursos naturais. Além disso, o gerenciamento é sem fio e totalmente integrado e permite a visualização e controle de seus sistemas praticamente de qualquer lugar.

Segundo Ricardo Heise, sócio e gestor da fazenda, o FieldNET tem sido fundamental no gerenciamento dos processos da fazenda. Do centro de controle instalado na propriedade, onde passa 80% do seu tempo, no conforto de sua cadeira, o gestor tem todas as informações dos desempenhos dos pivôs na propriedade. “Se der algum problema em um motor de uma roda, por exemplo, e ela para de andar, mas ao mesmo tempo o equipamento continuar irrigando, com o FieldNET, eu sei exatamente onde esse pivô parou, quanto tempo ficou assim e quanto de água jogou. Todas essas informações são importantes na tomada de decisão”, destaca.

Entre as possibilidades, o FieldNET também gera economia a fazenda. Com suas informações, o produtor não necessita estar na roça para ligar e desligar o equipamento, fazendo isso remotamente economizando mão de obra e combustível. “Essa tecnologia hoje é fundamental no quesito tempo, pois muitas vezes nem preciso estar na fazenda para tomar uma decisão. Os relatórios nos fornecem dados suficientes e precisos para eu fazer tudo onde eu estiver”, acrescenta Heise.  

Ainda segundo ele, essas novas tecnologias serão fundamentais na agricultura moderna para as próximas décadas. “A nova geração de produtores está cada vez mais ligada a automação. As fazendas hoje já têm internet, os pivôs já são controlados a distância, há o controle pluviômetro digital. Todos esses processos de automação vão incorporar ao negócio melhores controles e principalmente maiores resultados”, finaliza o gestor.

 

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