​Pesquisadores debatem combate a lagartas durante o 11º CBA

Apesar de bastante conhecidas no Brasil, as lagartas Spodopteras têm apresentado resistência às tecnologias de controle de pragas, elevando os custos dos cotonicultores

01.09.2017 | 20:59 (UTC -3)
Catarina Guedes

Apesar de bastante conhecidas no Brasil, as lagartas Spodopteras têm apresentado resistência às tecnologias de controle de pragas, elevando os custos dos cotonicultores.  Uma análise deste cenário – e de medidas para combatê-lo - foi feita na tarde desta quinta (31.08) durante o 11º Congresso Brasileiro de Algodão (11° CBA). Realização da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o evento reúne até esta sexta (01.09) 1,2 mil participantes no Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió, em Alagoas. 

”Naturalmente, as espécies de lagartas Spodopteras – como a famosa lagarta- militar – apresentam uma certa insensibilidade aos produtos químicos  e esta resistência tem se mantido nos últimos anos, o que tem tornado difícil o seu controle no campo”, afirma o entomologista Walter Jorge dos Santos, que atua como assessor técnico da Agroambiental consultoria.

Em sua apresentação, o pesquisador apresentou à plateia informações sobre a eficácia de medidas para combate da praga, como o uso de controles biológicos e inseticidas, e também destacou estudos que permitem avaliar o desempenho das diferentes variedades de algodão, e sua resistência às lagartas. “Na safra 2015/2016, o combate às lagartas consumiu, a depender da variedade, de 23% a 41% do total dos custos para controle de pragas”, informou.

 A sala temática Escapes da Spodoptera nas variedades transgênicas de algodão contou ainda com apresentações do líder de Biotecnologia da Monsanto do Brasil com foco no desenvolvimento de tecnologias para controle de inseto, Renato Carvalho e de Rafael Ribeiro, coordenador operacional de testes da Bayer. 

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