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A situação e perspectiva da safra de citros 2024 foi um dos temas abordados na reunião híbrida da Câmara Setorial da Citricultura da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), que ocorreu hoje. Os trabalhos foram conduzidos pelo coordenador, o agricultor e engenheiro agrônomo Pedro Wollmann, que também é presidente da Associação Montenegrina de Fruticultores.
Segundo ele, a perspectiva da safra de bergamotas no Vale do Caí para a safra 2024 é de que os números fiquem semelhantes à safra anterior “As variedades das bergamotas mais precoces, que são a Caí e a Pareci, sentiram menos os efeitos das chuvas da primavera, e a Montenegrina um pouco mais. Mas todas vão ter uma produção de qualidade este ano”, acredita Wollmann.
O representante da Aripe Biocitrus, Aliston Kussler, comentou que o processamento do óleo essencial da casca da bergamotinha verde, tirada para raleio, já está em andamento no Vale do Caí. Ele confirmou ainda que os maiores volumes esperados são das variedades precoces.
Também houve relatos de produtores e técnicos da Serra e do Alto Uruguai. Conforme eles, em 2024 a safra será um pouco menor de laranjas do que em 2023, que, por sua vez, já tinha sido menor que em 2022. As condições climáticas de seca no verão e excesso de chuvas na primavera seriam as causas.
O assessor da Câmara, Paulo Lipp, apresentou dados do IBGE da safra 2023 de citros. Foram produzidas 504.297 toneladas de laranja, limão e bergamota, o que gerou quase R$ 710 milhões para o Rio Grande do Sul. “Os três maiores produtores de laranja foram os municípios de Alpestre, Aratiba e Liberato Salzano; os de bergamota foram Montenegro, Pareci Novo e São José do Sul; enquanto que os que mais produziram limões foram Harmonia, São Sebastião do Caí e Bom Princípio”.
Outro assunto abordado durante o encontro foi sobre as “Ações de prevenção ao Greening/HLB realizadas em 2023 e projeções para 2024”, apresentado pelo diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti. Ele contou que em 2023 foram feitas inspeções sanitárias e de certificação em cargas que ingressaram no RS; foram enviados três fiscais para o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), para receberem capacitação no local e compreenderem o panorama e as ações imediatas; entre outras ações.
“Também fizemos monitoramento em 200 pontos, totalizando mil trocas de armadilhas, onde não foram encontrados insetos”, relatou Felicetti. “A ideia para 2024 é de que, até abril, tenhamos 200 pontos de monitoramento e 2.800 trocas de armadilhas”, destacou.
Quanto a outras projeções para 2024, a Seapi está elaborando uma nova Instrução Normativa que prevê medidas de prevenção ao Greening/HLB. “Ela está sendo avaliada”, disse Felicetti. “O objetivo é ter um maior controle na entrada de mudas cítricas no Estado e no trânsito interno. Também pretende solicitar uma maior participação de prefeituras e de produtores no monitoramento e no controle da doença”, acrescentou Paulo Lipp.
Por sua vez, o assessor do deputado estadual Zé Nunes, Rivaldo Ferron, falou sobre o andamento das ações da comissão criada após audiência pública da Comissão da Agricultura da Assembleia Legislativa do RS sobre o combate ao Greening no Estado, realizada no ano passado. Entre as principais demandas está a fiscalização. “Tanto dos produtos que entram ou transitam no Rio Grande do Sul, quanto de pomares, viveiros de mudas, vendedores ambulantes, entre outros”, pontuou Ferron. Ele sugeriu ainda que haja uma interiorização do Grupo de Trabalho. A primeira reunião está marcada para acontecer na região do Alto Uruguai.
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