O citricultor brasileiro passa a ter uma nova ferramenta no combate das principais doenças da cultura, como: a Pinta Preta causada pelo fungo Phyllosticta citricarpa (Guignardia citricarpa), a Verrugose (Sphaceloma fawcetti) e principalmente nos programas de controle do Cancro Cítrico causado pela bactéria Xanthomonas citri subsp. Citri. Recém lançado pela Ascenza, Cuprital 700, é um fungicida bactericida protetor multissítio com alta concentração de oxicloreto de cobre (Cu+2) na sua forma mais nobre. O produto faz uma “blindagem” do pomar a fim de que ele possa enfrentar melhor os impactos das enfermidades e de outros estresses durante a safra.
Todo produtor de citros sabe que, para evitar o impacto de doenças causadas por patógenos na qualidade dos frutos, é imprescindível a realização de um manejo fitossanitário bem planejado. Para isso é fundamental produtos, doses, volumes de calda e intervalos de aplicação adequados.
O diretor comercial da marca no Brasil, Renato Francischelli, destaca que o uso do novo produto tem exatamente o intuito de diminuir o risco de desenvolvimento de resistência dos patógenos causadores das doenças, sempre de forma preventiva, antes da incidência dela. “A ferramenta tem ação protetiva, agindo em diferentes locais dos patógenos (multissítio). Além de sua ação protetora, é essencial para o manejo de resistência das doenças, quando combinado com os produtos de sítio específico (Estrobilurinas & Triazóis)”, explica.
O Cuprital 700 tem três grandes pontos de destaque: formulação líquida com suspensão concentrada, alto índice de cobre metálico, 700 g/L e ele ainda é classificado toxicologicamente como categoria 5 – Produto Improvável de Causar Dano Agudo. Ou seja, dentre os produtos à base de Cu+2 nas formulações WG e SC, ele é toxicologicamente menos restritivo. Além disso, é importante destacar a origem 100% mineral do produto.
Por conta de ser líquido proporciona facilidade de manuseio no abastecimento do aplicador; menor dose por hectare e como consequência indireta ao meio ambiente pois menos embalagens são descartadas. “Com ele há sem dúvida maior rendimento operacional. Para os pequenos citricultores a embalagem de litro facilita a aplicação pois poderá utilizar um litro por pulverizador de 2.000lts”, destaca Francischelli.
A concentração de oxicloreto de cobre do lançamento é de 1.196,8 g/L, o que equivale à 700 g/L de cobre metálico, fazendo com que o Cuprital 700 seja o fungicida nessa linha com a maior concentração do mineral no Brasil. Isto resulta em uma menor dose por hectare, beneficiando o produtor na manipulação. O produto também pode ser aplicado em misturas com os fungicidas de sítio específico.
Os produtos à base de Cobre tem uma tradição de uso bastante longa na citricultura, exatamente pela ação protetiva e como importante ferramenta na longevidade de resultados dos fungicidas de sítio específico. Uma pesquisa divulgada em 2019, da autoria de Antonio Eduardo Fonseca, Antonio de Goes e Fernanda Dias Pereira, com experimento instalado em Bebedouro/SP, durante a safra 2014/15, na variedade “Valência”, avaliou a aplicação isolada de oxicloreto de cobre no controle da Mancha Preta dos citros.
Além disso, houve um tratamento adicional, constituído pela aplicação do fungicida cúprico óxido cuproso e fungicida do grupo da estrobilurina.
Os resultados apontaram que realizado quinzenalmente, a adoção do uso simultâneo de oxicloreto de cobre é uma alternativa eficiente para o controle de P. citricarpa. O uso deste fungicida (588 g L-1 de oxicloreto de cobre ou 350 g de cobre metálico; formulação de solução concentrada) aplicado sozinho nas taxas de 24,5 e 31,0 mg de cobre metálico por metro cúbico de copa, com intervalos de 14 dias, foi eficiente para controlar preventivamente a mancha preta cítrica.
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