Ourofino recomenda solução preventiva para a ferrugem do café

A doença, que pode reduzir a produtividade em até 50%, é uma das que mais merecem atenção dos cafeicultores

28.11.2019 | 20:59 (UTC -3)
Maurício Andrade

A safra de café 2019 deve ser menor em comparação com a do ano passado, até mesmo por conta da bienalidade, uma característica natural da cultura, que produz mais em um ano e no outro nem tanto. Do café arábica, a produção estimada é de 34,47 milhões de sacas, o que representa uma queda de 27,4%. Já em relação ao café Conilon, o Brasil deve produzir 14,52 milhões de sacas e a redução ficará em torno de 2,5% em relação à safra passada. Os dados são da CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento. Além desse cenário de queda, o produtor ainda tem que ficar atento às doenças, para que na próxima temporada a lavoura não registre mais perdas.

Entre as doenças dos cafezais, a ferrugem é uma das que mais merecem atenção e requerem expressivo controle. “Ela é causada pelo fungo Hemileia vastatrix, que provoca a desfolha e compromete a qualidade do produto”, explica Luiz Braga, desenvolvedor de produto e mercado da Ourofino Agrociência. Em termos de prejuízos à produção, pode variar de 20 a 50%, segundo informações divulgadas pela Embrapa.

Ainda de acordo com Braga, além da desfolha, outro sintoma aparente da ferrugem são as manchas alaranjadas que surgem na folha do café. “Elas se espalham por toda a planta, mas especialmente nas folhas da base do pé de café ou saia, como é conhecida entre os cafeicultores. As machas reduzem a fotossíntese, o que dificulta o desenvolvimento vegetativo da planta.”

A chuva e o vento são os principais disseminadores da ferrugem e, devido a essas circunstâncias, as infecções ocorrem em mais frequência entre os meses de novembro e junho, por isso o produtor precisa ficar atento e fazer o monitoramento a partir desse período. “Essa é a época de ocorrência devido às condições climáticas, como umidade, altas temperaturas e condições de pleno potencial produtivo da cultura”, ressalta Braga. Portanto, medidas de controle são necessárias e a prevenção é essencial.

Do portfólio da Ourofino Agrociência, a solução que aparece em destaque e auxilia preventivamente no combate ao problema é o NotávelBR. “Um fungicida sistêmico que apresenta rápida interação com o solo e planta, penetração mais rápida e menor perda do ativo, resultando em proteção acelerada da lavoura”, explica o desenvolvedor de produto e mercado da Ourofino.

O profissional também orienta que, para usar a solução de forma preventiva, a aplicação é realizada no solo entre outubro e dezembro. “O produto é absorvido pelas raízes do cafeeiro e levado pelo sistema vascular da planta a todos os pontos da parte aérea, como ramos, folhas e novas brotações.” Por outro lado, quando o cafezal já apresenta o problema, a medida adotada é o estanque da doença, daí é preciso fazer a pulverização. Braga pontua que “nesse caso, a aplicação terá seu maior benefício na próxima safra, diminuindo a fonte de inóculo para o ciclo seguinte do cafeeiro, que se inicia após a colheita, nas chuvas de primavera”.

O Brasil é um dos maiores produtores de café do mundo, ainda assim, a ferrugem, que surgiu no país em meados dos anos 70, continua sendo um incômodo para os cafeicultores. Entre as condições climáticas favoráveis para o surgimento da doença, a baixa luminosidade é outro agravante. “Dias chuvosos tendem a ficar mais nublados, o que acelera o processo de germinação e colonização dos fungos”, diz o especialista da Ourofino Agrociência.

No entanto, com a intensificação da agricultura moderna, com o objetivo de se alcançar cada vez mais altas produtividades, o produtor tem estado atento e se programado para um manejo mais preventivo. “No máximo, quando já aparecem os primeiros sintomas”, reforça Braga.

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