Na terceira revolução agrícola mundial, iLPF e Brasil são protagonistas, diz presidente da John Deere

14.07.2015 | 20:59 (UTC -3)
Lenita Aquilino

“É possível produzir e preservar, e a integração lavoura-pecuária-floresta é um dos caminhos para esta produção sustentável”. É com este conceito que Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil e da Rede de Fomento à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) ministrou a palestra “Alimentando milhões - como a parceria público-privado pode contribuir para a intensificação sustentável da agropecuária” no Congresso Mundial sobre Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, que ocorre até 17 de julho em Brasília.

Durante o evento, Herrmann explicou que o mundo demandará alimentos em alta quantidade por causa de um crescimento populacional exponencial. Segundo o executivo, cabe aos países tropicais - notadamente aos produtores brasileiros - suprir a necessidade de segurança alimentar.

“A agricultura tropical passou por três revoluções significativas nas últimas décadas. A primeira foi a utilização do plantio direto, que potencializou a utilização da terra agriculturável. Em um segundo momento, os agricultores introduziram o plantio da segunda cultura – chamada de safrinha – que agora já tem produções robustas. E atualmente estamos em um terceiro momento - a era da ‘agricultura sem parar’, viável somente por meio da utilização do sistema iLPF, com produtividade e sustentabilidade”, destacou Herrmann.

Foi a partir deste cenário que a Embrapa, um dos principais centros científicos do País, e instituições preocupadas em promover a agricultura sustentável se uniram em 2012 para criar a Rede de Fomento iLPF. Atualmente John Deere, Syngenta, Schaffler, Parker, Dow AgroSciences e Cocamar – além da Embrapa – compõem a Rede de Fomento.

“A Rede foi pensada para acelerar pesquisas e tecnologias, identificar oportunidades, promover cada vez mais políticas e programas públicos para o sistema e, por fim, difundir amplamente o conceito para os envolvidos com o agronegócio de forma que todos possam conhecer e implantar o sistema iLPF”, disse o presidente.

De acordo com Paulo Herrmann, a Rede de Fomento está aberta para agregar novos parceiros interessados em intensificar a utilização do sistema. Ele ainda destacou a importância de uma nova geração de cientistas – que atualmente estão nas universidades – pesquisarem cada vez mais o iLPF. Para Herrmann, é na região tropical, sendo o Brasil um dos países que se desponta como líder, que o sistema pode ser criado e desenvolvido – uma tecnologia que, segundo o executivo, é contagiante na medida em que é rentável, produtiva, capaz de promover benefícios tecnológicos, econômicos e sociais.

“Queremos contagiar todos com a tecnologia e conceito iLPF, que é uma iniciativa ousada e visionária, parte fundamental da terceira revolução agrícola mundial: a alta produção somada à sustentabilidade”, finalizou.

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