Mosaic Fertilizantes abre vagas para a Unidade de Mistura de Palmeirante (TO)
Ao todo, são 18 vagas de emprego para início dos trabalhos previsto para junho deste ano; o empreendimento ainda está com obras em andamento
O transporte de soja e milho por vias hidroviárias no Brasil tem registrado um aumento expressivo, refletindo uma mudança significativa na logística agrícola do país. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume transportado por este modal saltou de 3,4 milhões de toneladas em 2010 para 30 milhões de toneladas em 2023, crescimento de 782,35%.
A evolução do transporte hidroviário acompanha a maior utilização dos portos do Arco Norte, que atualmente são responsáveis por cerca de um terço do volume de grãos exportados pelo Brasil. "Os resultados são frutos do desenvolvimento setorial impulsionado pela Lei dos Portos de 2013", explica Thomé Guth, superintendente de Logística Operacional da Conab. Após a lei, houve um salto nas autorizações para instalações portuárias privadas, de apenas 3 em 2013 para 75 no ano seguinte, refletindo o estímulo à iniciativa privada no setor.
O modal hidroviário oferece não apenas uma alternativa mais econômica pelo transporte de grandes volumes em uma única viagem, mas também benefícios ambientais significativos. Silvio Farnese, diretor do Departamento de Análise Econômica e Políticas Públicas do Ministério da Agricultura e Pecuária, destaca a redução de custos e o menor impacto ambiental. "Isso reduz o tempo dos caminhões nas estradas, diminuindo a produção de gases prejudiciais ao meio ambiente", afirma Farnese.
Apesar dos avanços, a expansão do modal hidroviário enfrenta desafios, como a necessidade de melhorar a performance das vias navegáveis e de construir mais terminais de transbordo para facilitar a intermodalidade. A integração com outros modais, como as ferrovias, é essencial para ampliar a competitividade dos grãos brasileiros no mercado internacional. A ferrovia Norte-Sul, por exemplo, oferece novas opções logísticas, aumentando a competitividade dos produtos nacionais.
Aumentar o uso de modais alternativos não significa eliminar o transporte rodoviário. "A integração modifica a abordagem para o uso das rodovias, permitindo que caminhoneiros realizem trajetos mais curtos, o que reduz o desgaste dos veículos e melhora a qualidade de vida dos trabalhadores", ressalta Guth.
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