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A última atualização do Monitor de Secas, referente a outubro, aponta o abrandamento da seca nos três estados do Sul, devido às chuvas acima da média no período. Acompanhe a seguir a situação do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
No Paraná, entre setembro e outubro, a área com seca se manteve estável no patamar de 98% do estado. Em termos de severidade, a área com seca grave recuou significativamente de 66% para 35% em função das chuvas acima da normalidade. Essa é a melhor condição do fenômeno no Paraná desde março de 2021, quando 19% do estado passaram por seca grave.
O Rio Grande do Sul, entre setembro e outubro, se manteve com 100% de seu território com seca, condição que permanece há 13 meses consecutivos: desde outubro de 2020. O fenômeno se abrandou com o leve recuo da área com seca extrema, que caiu de 2% para 1% do território gaúcho devido às chuvas acima da normalidade no noroeste do Rio Grande do Sul.
Já em Santa Catarina a seca extrema recuou de 12% para 8% do estado, no oeste catarinense, enquanto a área com seca grave caiu de 25% para 13% do território, na região central, entre setembro e outubro, causando o abrandamento do fenômeno. Já no leste catarinense, áreas com seca fraca passaram a ficar livres do fenômeno. Apesar da melhora das condições, Santa Catarina teve o maior percentual de seca extrema entre os estados do Sul e, por isso, a condição mais severa do fenômeno. Por outro lado, o território catarinense registrou o menor percentual de área com seca no Sul: 78%.
Considerando as quatro regiões acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul teve a segunda menor severidade do fenômeno em outubro, com 2% de seca extrema. Apenas o Nordeste teve condição melhor, já que o maior grau de severidade foi de seca grave em 11% de seu território. As condições mais severas foram registradas no Sudeste e no Centro-Oeste, que tiveram respectivamente 8% e 1% de áreas com seca excepcional – a mais severa na escala do Monitor – no último mês.
Em outubro deste ano, em comparação a setembro, em termos de severidade da seca, 11 estados tiveram um abrandamento do fenômeno em outubro: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Entre setembro e outubro, todas as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas registraram o fenômeno simultaneamente.
No sentido oposto, sete estados tiveram uma intensificação da seca no período: Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em outras três unidades da Federação, a severidade do fenômeno se manteve estável: Ceará, Distrito Federal e Maranhão. Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em outubro aconteceu no Sudeste, que registrou 8% de seca excepcional – a mais severa da escala do Monitor. Já o Nordeste teve a menor severidade de outubro e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou seca excepcional.
Entre setembro e outubro, somente Alagoas registrou expansão da área com seca. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em outros cinco estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Nas demais 15 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Considerando o recorte por região, o Sudeste e o Sul tiveram uma redução da área com seca de 99% para 96%. Já no Centro-Oeste e Nordeste o território com o fenômeno se manteve estável respectivamente nos patamares de 93% e 89%.
Em 11 unidades da Federação, 100% de seus territórios registraram seca em outubro: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Os demais dez estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 53,9% e 98,7% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste com o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em seus respectivos estados são as seguintes:
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