Mix de etanol cresce e margem de lucro melhora na área de expansão

O mix de etanol das usinas de cana-de-açúcar cresceu quase 30% na safra 2017/18 em relação à temporada 2007/08, aponta levantamento do Pecege Projetos

13.07.2018 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Pecege

O mix de etanol das usinas de cana-de-açúcar cresceu quase 30% na safra 2017/18 em relação à temporada 2007/08, aponta levantamento do Pecege Projetos. O indicador se refere à chamada região de Expansão, que compreende os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Já na região Tradicional (SP e PR), a elevação foi ligeira – de apenas 1,5 ponto percentual na comparação entre as safras. Essa variação pequena se deve à menor flexibilidade proporcionada pela estruturação das plantas industriais, explica Aline Bigaton, pesquisadora do Pecege. Os dados são referentes à amostra de usinas que participaram do levantamento feito pelo Pecege Projetos.

A pesquisa também traçou o comportamento do custo de produção das usinas, que cresceu em ambas as regiões no mesmo intervalo comparativo (safras 2007/08- 2017/18). Na região de Expansão, o custo de produção do etanol anidro passou de R$ 1.487/m³ para R$ 1.746/m³ e, na região Tradicional, de R$ 1.428/m³ para R$ 1.796/m³.

As margens proporcionadas pelo produto na safra 2007/2008 eram próximas de -10% e -6% nas regiões Expansão e Tradicional, respectivamente, quando considerado o custo total de produção (custos operacionais, depreciações e remuneração do capital e da terra). Já na safra 2016/17, os valores passaram para 1,1% (Expansão) e -3,8% (Tradicional).

“Além de promissor quanto a um dos biocombustíveis mais sustentáveis, o etanol ainda apresenta uma evolução positiva nas perspectivas econômicas de quem o produz”, conclui Aline.

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