Ministra defende protagonismo do Brasil na agricultura de baixa emissão de carbono

Em Campo Grande, Tereza Cristina participou de seminário sobre negócios de carbono e sustentabilidade e de conferência da Unale

26.11.2021 | 13:52 (UTC -3)
Mapa

Durante agendas na quinta-feira (25/11) em Campo Grande (MS), a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) reforçou o protagonismo brasileiro na produção agropecuária com baixa emissão de carbono. Com destaque para o Planos ABC+, ABC e programas como Águas do Agro, a ministra defendeu o produtor brasileiro como “o maior ambientalista do país, porque ele conserva dentro da sua propriedade”.  

“Ainda existe muito desconhecimento em torno da nossa agropecuária moderna. Precisamos avançar, precisamos prosseguir, claro! Mas já temos muito. Tanto que na COP muita gente se calou diante dos exemplos que nossa agricultura foi lá mostrar e comprovar com números, trabalhos científicos e indicadores que estão sendo feitos”, enfatizou ao comentar a participação brasileira na Conferência do Clima.

No Seminário de Negócios de Carbono e Sustentabilidade, promovido pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul (Semagro) em parceria com a Wetlands International Brasil, ainda foi discutida a implementação de créditos de carbono no mercado produtor brasileiro.

“O nosso desafio e também nossa oportunidade é capacitar, cada vez mais, o nosso produtor para ele utilizar todas essas tecnologias e crédito para que ele possa implementá-las. O produtor só irá implementar se, além da eficiência, ele tiver ganhos econômicos”, reforçou Tereza Cristina. 

Para a ministra, a questão do pagamento pelos serviços ambientais foi destravada na COP26, em Glasgow, e terá o Brasil novamente como protagonista no comércio e na regulação dos pagamentos por serviços ambientais por carbono.

“Cada vez mais teremos que estar atentos e trabalhando de forma moderna olhando para frente. Essa página de meio ambiente não tem mais discussão, é uma realidade. Ou somos protagonistas ou teremos que ir a reboque do que já está acontecendo no mundo”.

Além do destaque para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro, a ministra fez uma apresentação do cenário atual do setor na 24ª Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). Ela destacou que, com foco no pequeno agricultor e na agricultura familiar, a gestão do Mapa trabalha em políticas públicas para incentivar o desenvolvimento de tecnologias, em parceria com a Embrapa, para que chegue a todos os produtores a partir de uma forte assistência técnica, que hoje conta com, cada vez mais, conectividade em áreas rurais. 

Convênio

A ministra assinou nesta quinta-feira um termo para a realização de convênio entre o Mapa e a Semagro para a aquisição de veículos e equipamentos com o intuito de fortalecer a cadeia produtiva de castanha do Baru e Bocaiuva. Serão beneficiados produtores da agricultura familiar, extrativista e comunidades tradicionais, totalizando 1.210 famílias, distribuídas em oito municípios:  Anastácio, Bodoquena, Bonito, Corumbá, Jardim, Miranda, Nioaque e Porto Murtinho.

O apoio financeiro será de R$ 1,2 milhão por parte do Ministério da Agricultura e R$ 125 mil, a título de contrapartida, por parte do estado de Mato Grosso do Sul. 

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