Milho: panorama da semana no país - 23/12/2022

Os negócios assumem o panorama de lentidão, fato esperado durante as últimas semanas do ano. Cerealistas e cooperativas estão voltando as atividades para expedição nos armazéns.

No sul do país a expectativa é que novos lotes de milho abasteçam os compradores a partir de janeiro. No Rio Grande do Sul, o cenário é preocupante pela falta de chuvas em momento decisivo para a boa produtividade. As lavouras entram na fase de polinização, pendoamento e, então, enchimento de grãos, demandando atenção hídrica. Produtores se preocupam e perdas já são esperadas para a colheita.

No Mato Grosso, o mercado se movimenta para a colheita dos primeiros campos de soja, voltando as atenções para o grão, mobilizando a logística, dificultando o fluxo de milho. Porém, noticia-se que os estoques já estão baixos e produtores têm negociado menores volumes com compradores locais.

Em São Paulo, negócios noticiados em Sorocaba com 600 toneladas à vista a R$ 84,00 FOB, R$ 86,00 a 87,00 CIF. Em Goiás, diminuem as pressões para liberação dos armazéns, e produtores não cedem em negociações inferiores a R$ 75,00, visando a retomada em janeiro.

O mercado futuro durante a semana oscilou pouco, com preços mantidos no campo misto da bolsa Brasileira (B3). O preço do milho para janeiro na última quinta-feira (22) apresentou R$ 88,06 a saca, com pequena desvalorização em relação ao dia anterior (queda de 0,10%). Já para março, o vencimento foi cotado a R$ 92,43 com aumento de 0,03%. Fatores preponderantes para esse comportamento de pressão em alguns contratos durante a semana foram novamente a baixa do dólar frente ao real e a baixa fluidez de negócios típica dessa época do ano.

Cotação Tarken para essa sexta no mercado físico do milho, com queda em comparação aos dias anteriores, para as cidades:

• Luís Eduardo Magalhães - BA: R$ 71,10;

• Balsas - MA: R$ 71,73;

• Rio Verde - GO: R$ 75,67.