Milho: produtores pressionam e Governo inclui a Bahia nos leilões

28.08.2009 | 20:59 (UTC -3)

Com a interferência decisiva da Secretaria da Agricultura do Estado da Bahia (Seagri), a Bahia finalmente volta a participar dos leilões de subvenção ao milho, promovidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), como parte das Políticas de Garantia de Preço Mínimo do Governo Federal.

A inclusão da Bahia foi garantida através da Portaria Interministerial 445, publicada nesta sexta-feira (28/08) no Diário Oficial da União. Os produtores da região Oeste do Estado comemoram a decisão, após peregrinarem meses a fio entre os Ministérios da Agricultura, da Fazenda e do Planejamento em Brasília. Sem os leilões que compensam os preços deprimidos (de R$14 a saca contra R$19 do mínimo estabelecido pelo governo federal) e a safra quase toda estocada (1,2 milhão de toneladas), os produtores já falavam em risco de diminuição de área plantada da ordem de 40%.

Um aspecto técnico – a necessidade de um porto do Nordeste para referência no cálculo do valor do prêmio na liquidação da subvenção - impossibilitou a inclusão do milho baiano nos avisos de PEP e Pepro recentes. O último deles, de PEP, foi publicado no dia 21.

“O milho é uma das culturas mais importantes da Bahia e a possibilidade de redução das lavouras representa um risco real para a economia baiana e para a viabilidade da agricultura no estado. O impedimento ao benefício da subvenção era uma injustiça, frente à expressiva participação de outros estados produtores e o Governo da Bahia não podia se calar diante disto”, disse o secretário da Agricultura, Roberto Muniz.

De acordo com o vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Sérgio Pitt, que, juntamente com outras lideranças do agronegócio regional, empreendeu uma série de visitas aos ministérios em Brasília e secretarias em Salvador, se a Bahia ficar sem subvenção, enquanto os outros estados produtores gozam do benefício, o estado deixa de ser competitivo e terá sérios prejuízos.

“Agravando esta situação, há o risco à sustentabilidade do agronegócio do Oeste, que depende do milho para fazer a rotação de culturas. Precisamos sobreviver da nossa atividade produtiva, que é uma importante âncora econômica do estado e do país. Os gestores da política agrícola, em suas intervenções para garantia dos preços mínimos devem ser isonômicos, para não cometer injustiças”, afirmou Sérgio Pitt.

Catarina Guedes

Assessora de Comunicação

(71) 3379-1777 /

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