Medidas de monitoramento e controle do bicudo são temas de segundo vídeo de websérie do IMAmt

Com depoimentos do pesquisador Jacob Crosariol Netto, os dois VTs estão disponíveis nos sites do IMAmt e da Ampa

31.10.2017 | 21:59 (UTC -3)
Martha Baptista

O Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) acaba de lançar o segundo vídeo de uma websérie, cuja proposta é levar informações sobre os principais problemas da cotonicultura e apresentar soluções às quais produtores e seus colaboradores podem recorrer.

O segundo vídeo é uma continuidade do primeiro, no qual o entomologista Jacob Crosariol Netto discorreu sobre as principais características do bicudo do algodoeiro, considerado a maior praga da cotonicultura nacional. Nesta sequência, que já está disponível nos sites institucionais do IMAmt (www.imamt.com.br) e da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (www.ampa.com.br), o pesquisador fala sobre medidas de monitoramento e controle do bicudo, divididas em ações pré-plantio e ações pós-plantio.

De forma bastante didática, Jacob Netto aborda os cuidados a serem tomados no período de entressafra, que coincide com o vazio sanitário da cultura. No caso de Mato Grosso, a proibição do cultivo se estende até 30 de novembro (nas regiões de Rondonópolis, Campo Verde e Primavera do Leste) e até 14 de dezembro (nas regiões de Lucas do Rio Verde, Sorriso, Campo Novo do Parecis e Sapezal).

Dentre as ações pré-plantio, o pesquisador destaca a importância de se fazer o monitoramento constante de lavouras de soja, visando "a inspeção de plantas espontâneas de algodão".

"É importante eliminar essas plantas que servem à proliferação e à procriação do bicudo do algodoeiro", alerta Jacob Netto.

Outra ferramenta de monitoramento destaca por ele é o armadilhamento, que gera o índice de bicudos por armadilha por semana (B.A.S.) e é bastante eficaz nos esforços para reduzir a pressão dos insetos no início da próxima safra de algodão. O armadilhamento gera a classificação de áreas por cores, indicando a maior ou menor presença de insetos na área de instalação da armadilha.

Jacob Netto frisa ainda que fazer a destruição eficiente dos restos culturais do algodoeiro é um dos pontos chaves do combate à praga, assim como o manejo no final da safra, deixando claro que o bicudo só poderá efetivamente ser controlado se produtores e seus colaboradores cumprirem as recomendações da pesquisa em todas as etapas, o que inclui cuidados com o carregamento de fardos de algodão.

Entre as medidas pós-plantio, o pesquisador cita o monitoramento constante das lavouras de algodão e o uso correto de produtos agroquímicos.

O vídeo é produzido pela TV1 Produtora, sob a supervisão da pesquisadora Patrícia de Andrade Vilela. Segundo ela, os próximos VTs tratarão de temas como controle de tigueras de algodão, nematoides, destruição de soqueira, as principais lagartas do sistema produtivo adotado em Mato Grosso, variedades do IMAmt, produção de sementes de algodão, controle biológico e transformação genética, entre outros assuntos relevantes para a cadeia produtiva do algodão.

Os vídeos trarão depoimentos de pesquisadores e colaboradores do IMAmt, mas, de acordo com Alvaro Salles, diretor executivo do Instituto, a websérie poderá contar com a participação de especialistas de outras instituições de pesquisa.

O público-alvo é formado por produtores associados à Ampa e seus colaboradores, porém os vídeos também poderão ser úteis a estudantes e a todos que se dedicam (ou pretendem se dedicar) à produção algodoeira.

"Os vídeos serão lançados ao longo da safra 2017/18, visando contribuir para o sucesso da cotonicultura no estado. Sabemos que muitos problemas que ocorrem no campo podem ser minimizados quando são detectados no início e controlados a tempo", comenta Salles. Ele acrescenta que a proposta é que a websérie sirva de alerta a produtores e ao corpo técnico das fazendas em relação a pragas, doenças e outras ameaças existentes.

 

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