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Membros da Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em conjunto com federações de agricultura e pecuária do Centro-Oeste, realizaram o primeiro workshop para levantar propostas de aperfeiçoamento de políticas públicas para o país. As principais demandas dos produtores rurais são a revisão das taxas de juros de programas específicos de investimento, a elevação do volume de recursos para custeio e a garantia dos recursos de pré-custeio. A reunião ocorreu nesta terça-feira (01/03), em Goiânia (GO), na sede da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).
Segundo o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, o objetivo do encontro, que também será realizado em outros estados brasileiros, é receber sugestões. Aquelas aprovadas, nas reuniões, vão compor o conjunto de propostas dos produtores, levadas como subsídios ao Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (MAPA) para elaboração do Plano Agrícola e Pecuário. “O resultado formará uma proposta que represente, ao máximo, os produtores brasileiros”, observou. Lucchi explicou que a intenção da CNA é, até o final de março, ter as propostas formatadas.
O presidente da FAEG e presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, José Mário Schreiner, acrescentou que as informações e as sugestões coletadas ajudarão a entender os sentimentos dos produtores, que estão na ponta da cadeia produtiva. “Eles irão nos mostrar os principais gargalos e nos ajudar a formatar propostas factíveis. Queremos discutir também assuntos relacionados às taxas de juros, linhas de crédito e seguro agrícola”, disse. “É um momento importante, em que começaremos a definir a política agrícola brasileira para o próximo ano”, finalizou Schreiner.
Para o gerente de Assuntos Técnicos e Econômicos da FAEG, Edson Novaes, a ideia é colher diferentes propostas que contemplem um Plano Agrícola democrático. Ele acrescentou que a lista de reivindicações dos produtores do Centro-Oeste é encabeçada por dois pontos considerados essenciais: uma carta de juros menor e recursos que possam atender a subvenção do prêmio do Seguro Rural para todos os produtores do Brasil, o que desoneraria o setor produtivo.
Realidade – Um dos participantes do workshop, Rogério Vian, produtor de soja de Mineiros (GO), disse que a taxa de juro empregada nas linhas de financiamentos do governo federal é o maior entrave enfrentado por ele. “Em minha opinião é necessário que as taxas iniciais - em torno de 6,5% - retornem. Assim, o produtor daria conta de pagar”.
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