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Os leilões de milho vêm sendo realizados em Mato Grosso desde maio deste ano para auxiliar o mercado na comercialização da safra 2016/2017, isso porque os preços de venda estavam abaixo do preço mínimo estabelecido para Mato Grosso, que é R$ 16,50. Segundo relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), desde que começaram as operações até agora, foram negociadas 9,3 milhões de toneladas do cereal nesta safra, onde Mato Grosso foi responsável por 8,6 milhões de toneladas desse montante.
Dada a atual estimada de produção do IMEA, quase 30% do volume total estimado de milho produzido em Mato Grosso foi negociado através dos leilões. “Com os leilões, pelo menos o produtor atingiu o preço mínimo. O produtor não teve lucro porque o custo do plantio foi bastante alto”, afirma Endrigo Dalcin, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
Entretanto Dalcin ressalta que os leilões deram fluxo as comercializações. “É importante este movimento porque precisamos abrir espaço para a soja que será colhida em janeiro. Ficaria inviável para a armazenagem com toda a safra de milho ainda estocada”, finaliza.
O secretário de Política Agrícola do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, também reforça a importância dos leilões. “São mais de 9 milhões de toneladas negociadas numa ferramenta muito importante não só para o setor, mas também para a economia brasileira. Temos que garantir renda e preço mínimo para o produtor rural”, frisa.
De acordo com Francielle Tonietti, superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Mato Grosso, foram realizadas operações de Contrato de Opção de Venda (Cov), Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e Prêmio de Escoamento do Produto (Pep).
O Pepro foi a modalidade que mais alavancou o mercado com negociação de 6,3 milhões de toneladas e, no PEP, foram mais 1,3 milhão de toneladas. Já por meio do COV foram negociados 37.000 contratos, que equivale a 999 mil toneladas de milho.
Os mecanismos disponibilizados pelo governo são importantes para mitigar as perdas do produtor neste momento do mercado em que os preços estão muito abaixo do ponto de equilíbrio. Sem os mesmos, os produtores poderiam amargar severos prejuízos, podendo comprometer a permanência de muitos na atividade.
“Também ajuda produtores de outras regiões do País com milho de excelente qualidade com preço razoavelmente baixo”, finaliza Frederico Azevedo, gerente de Polícia Agrícola da Aprosoja.
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