La Niña deve continuar no verão: aumento de chuva é esperado no Rio Grande do Sul

Confira orientações técnicas para as culturas durante o período no estado

21.12.2020 | 20:59 (UTC -3)
Seapdr

Para os próximos meses, há uma probabilidade que permaneçam as condições do fenômeno La Niña, o que deverá contribuir para o aumento das precipitações no verão. É o que indica o boletim de janeiro, fevereiro e março de 2021 do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs). As previsões apresentadas para o trimestre são resultado do Modelo Regional Climatológico implementado no Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas (CPMet/UFPel) e do modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

A previsão indica para o mês de janeiro precipitação pluvial um pouco acima do padrão climatológico para todo o Estado. Para o mês de fevereiro, o prognóstico é de precipitação pluvial irregular com valores próximos do padrão climatológico. Para março são previstas precipitações pouco abaixo do padrão no sudoeste do Estado e próximas do padrão climatológico nas demais regiões. As temperaturas deverão ficar acima do padrão climatológico em todo o trimestre no Rio Grande do Sul.

“É importante ressaltar que o prognóstico de precipitação pluvial na média ou ligeiramente acima da média no trimestre janeiro/fevereiro/março de 2021, não significa, obrigatoriamente, que eventuais períodos de estiagem não ocorrerão”, alerta a coordenadora do Copaaergs, Loana Cardoso.

Segundo a pesquisadora, o boletim diz que há tendência de que as chuvas apresentem distribuição temporal e espacial irregular, ou seja, podem ocorrer sequências de dias sem chuva, e as mesmas, quando ocorrerem, podem ser localizadas, de elevada intensidade e em curtos períodos. “Além disso, é importante considerar que o prognóstico de temperaturas acima da média indica aumento da demanda evaporativa da atmosfera e consequentemente aumento da demanda hídrica das culturas.”

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 14 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período:

Orientações técnicas para as culturas

Arroz

Feijão

Milho

Soja

Hortaliças

Fruticultura

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