Inovação e empreendedorismo no agronegócio: crescimento acelerado será refletido em novo censo de startups

Segunda edição do levantamento nacional produzido pela AgTech Garage em parceria com a Esalq já está em produção, com resultados previstos para junho de 2018.

23.05.2018 | 20:59 (UTC -3)
Caio Rodrigo Albuquerque

O desempenho positivo do agronegócio brasileiro, mesmo durante o período de recessão econômica, está sendo acompanhado pela forte expansão no número e na qualidade de novas empresas de base tecnológica com foco na inovação para o agronegócio. Com a coleta de dados ainda em andamento para o 2º Censo AgTech Startups Brasil, é possível concluir que o crescimento do ecossistema de startups agro é significativo.

Já é possível afirmar que em sua segunda edição, o levantamento inédito no Brasil produzido em parceria pela AgTech Garage e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, vai apresentar um aumento superior a 150% em menos de 2 anos no número de startups voltadas para o agronegócio. Enquanto o mapeamento de 2016 apontou a existência de 75 dessas empresas no Brasil, somente as startups que participam da rede da Agtech Garage esse total já somam quase 200. Não há dúvidas entre os organizadores: o número final a ser anunciado em junho será ainda maior.

 “Vamos mostrar para o mundo a maturidade e a relevância do ecossistema de startups do agro brasileiro,” afirma o diretor da AgTech Garage, José Tomé. Ele destaca que a segunda edição do Censo será mais completa e impactante, reunindo dados vitais para iniciativas de fomento às startups focadas no agronegócio.

A coleta de dados para a segunda edição do Censo começou em abril, por meio de questionários preenchidos online, que serão avaliados e tabulados em maio. Os números finais do mapeamento, que tem abrangência nacional, serão divulgados em junho e incluirão um quadro com o panorama brasileiro das startups distribuidas por área de atuação e um infográfico com base nas respostas obtidas de todos os empreendimentos.

A base já mapeada para a primeira edição do Censo será o ponto de partida, segundo o professor do Departamento de Genética da Esalq e um dos coordenadores do levantamento, Mateus Mondin. “O primeiro Censo abriu os olhos de empreendedores, investidores, governo e agências para o mundo. Os dados foram apresentados em diversos eventos pelo Brasil e o mundo, o que fez com que muitas entidades se organizassem para desenvolver formas de incentivo ao empreendedor agtech”.

Para Mondin, o segundo Censo será mais impactante, ampliando a visibilidade internacional para o ecossistema agtech do Brasil e para as startups brasileiras. “O novo relatório terá distribuição global, o que vai atrair ainda mais os olhos do mundo. Não seremos mais vistos apenas como mercado consumidor e sim como protagonistas, dentro do seleto grupo de ofertadores de tecnologias agro”, concluiu.

O novo Censo segue uma tendência mundial de mapeamento da atuação de startups agro. Trata-se de um formato adotado por instituições de grande destaque, como a plataforma de análise de inteligência de mercado na tecnologia CB Insights, sediada em Nova York, a Startup Nation Central em Israel e, mais recentemente, a The Seed Projects, que mapeou startups na África. A expectativa dos organizadores para o Censo é clara: será o quadro mais detalhado e completo sobre o momento e a evolução das startups agro brasileiras.

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