Inicia colheita do milho no RS

Lavouras apresentam baixo índice de ataque de pragas e de incidência de doenças

13.12.2019 | 20:59 (UTC -3)
Adriane Rodrigues/Emater/RS-Ascar

No Rio Grande do Sul, a semeadura do milho alcança 90% da área de 777.442 hectares projetadas para esta safra 2019/2020. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), 39% das lavouras implantadas estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 22% em floração, 35% em enchimento de grãos e 4% em maturação. Na regional de Santa Rosa, a colheita do milho já iniciou em 1% da área cultivada com o grão. No geral, o desenvolvimento da cultura e o estado fitossanitário estão bons. As lavouras apresentam baixo índice de ataque de pragas e de incidência de doenças.

O milho silagem também segue em desenvolvimento no Estado. Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, 10% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 27% em floração, 60% em enchimento de grãos e 3% em maturação. Em geral, as lavouras seguem apresentando bom desenvolvimento, com ótimo potencial produtivo. 

Na soja, a implantação da cultura alcançou 90% do total da intenção de plantio, que é de 5.978.967 hectares para a safra do RS. As lavouras se encontram 99% na fase de desenvolvimento vegetativo e 1% em floração. Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, por exemplo, o plantio da soja foi finalizado. Em aproximadamente 10% da área cultivada, as lavouras necessitam de aporte hídrico para regularizar a emergência. Das já implantadas, 98% estão em desenvolvimento vegetativo (estágios V4 e V6) e em 2% inicia a floração. Em geral, o estande de plantas se apresenta desuniforme. Nas áreas implantadas no início de novembro, o problema foi o elevado volume de precipitação, enquanto que nas implantadas entre o final de novembro e início de dezembro, a limitação é a redução da umidade do solo em decorrência da ausência de precipitações. Em pontos isolados, tem sido observada a morte de plantas devido ao estresse hídrico e a fatores como ataque de lagartas.

Nas Missões, a semeadura da soja não foi concluída devido à pouca umidade do solo. Nas lavouras implantadas recentemente, a emergência das sementes foi desuniforme em função de o plantio ter ocorrido com solo seco e a pouca profundidade. Em 3% da área total da região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, os produtores necessitaram realizar replantio. Em geral, a situação das lavouras de soja ainda se mantém boa, com bom estande de plantas e estado sanitário. Os produtores da região realizam controle de invasoras e pragas (lagartas) e iniciam o monitoramento da prevenção da ferrugem asiática.

A cultura do arroz no RS chegou em 98% da área de 944.549 hectares estimada para a safra. O tempo favorável em todas as regiões permitiu aos produtores avanços no preparo de novas áreas e plantios. As lavouras estão 100% na fase de desenvolvimento vegetativo. Os produtores continuam executando tratos culturais para o controle de ervas daninhas, adubação de cobertura e manejo da irrigação.

A implantação do feijão 1ª safra no RS alcançou 92% da área prevista. Atualmente, 28% das lavouras se apresentam na fase de desenvolvimento vegetativo, 15% das lavouras estão em floração, 24% em enchimento de grãos, 23% em maturação e 10% já foram colhidas. Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, a cultura apresenta bom estande e bom aspecto. Os produtores seguem realizando adubação de cobertura (aplicação de nitrogênio) e controle de invasoras. Já na regional de Ijuí, as condições de tempo são favoráveis ao desenvolvimento da cultura, que se encaminha para o enchimento de grãos e maturação. O tempo seco favorece possibilita grãos de excelente qualidade nas primeiras lavouras colhidas; por outro lado, a ausência de umidade tem acarretado problemas em lavouras tardias, atualmente nas fases de floração e de formação do grão.

Culturas de inverno

Trigo

Cultura na entressafra, com os produtores comercializando o produto estocado. Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, o preço ficou estável entre R$ 40,00 e R$ 42,00. Nas de Ijuí e Frederico Westphalen, variou entre R$ 39,00 e R$ 40,00. Em Erechim, variou entre R$ 41,00 e R$ 42,00. Na regional de Passo Fundo o preço permaneceu em R$ 40,00/sc. Para o produto disponível, a cotação em Cruz Alta foi de R$ 44,00/sc.

Cevada

O tempo favorável na semana permitiu a finalização da colheita da safra da cevada no Estado. Em Canguçu, município que integra a Regional de Pelotas, as últimas lavouras colhidas chegaram à produtividade média de 2.115 quilos por hectare.

Aveia branca

O ciclo da aveia branca no Estado está tecnicamente encerrado. Em Hulha Negra, na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores aproveitaram a semana com clima seco para finalizar a colheita. A produtividade variou entre 1.200 e 1.500 quilos por hectare, e os grãos apresentaram bom peso, boa sanidade e umidade em torno de 12%. Os preços oscilaram entre R$ 0,70 e R$ 1,00/kg. A aveia Ucraniana, que obtém melhores cotações, foi comercializada entre R$ 1,10 e R$ 1,30/kg.

Olerícolas e frutícolas

Aipim/mandioca

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, as lavouras seguem em desenvolvimento vegetativo. Produtores realizam capina das ervas daninhas e segue a colheita das lavouras plantadas no ano passado. O preço pago ao produtor pelo produto descascado, destinado à agroindústria de polvilho, é de R$ 4,50/kg.

Cebola

Na região Sul do Estado, maior região produtora, com 2.785 hectares com a cultura, segue a colheita, com melhoria do produto colhido. Lavouras estão predominantemente em fase de tombamento e cura a campo. O preço pago ao produtor variou de R$ 0,50 a R$ 0,80/kg para tipo 3. Na regional de Passo Fundo, a colheita da cebola foi encerrada, com produto de ótima qualidade. As produtividades variaram de 15 a 55 toneladas por hectare, com uma média de 28 toneladas por hectare. Produtores comercializam o produto; o preço pago ao produtor baixou, ficando entre R$ 0,50 e R$ 0,60/kg.

Milho verde

Na Regional de Lajeado, iniciou a colheita, atrasada em relação aos anos anteriores, devido ao frio no início do ciclo. A produtividade é muito boa, de 13 toneladas por hectare e média de 45 mil a 50 mil espigas colhidas por hectare. Algumas espigas podem apresentar falha de granação devido ao excesso de chuva durante a floração no Vale do Taquari. O preço recebido pelos produtores varia de R$ 0,20 a R$ 0,25/espiga.

Pêssego

Na região Sul, a cultura está implantada em 5.311 hectares, sendo que 65% das lavouras estão no período de frutificação. Foram colhidos 35% do total. A frutificação é desuniforme. Seguem os tratamentos fitossanitários. O preço pago ao produtor é de R$ 2,00 a R$ 3,00/kg; para o produto para indústria, a sinalização de preços é a seguinte: para tipo 1, R$ 1,30/kg e para o pêssego tipo 2, R$ 1,05/kg.

Melancia

Na Regional de Soledade, a cultura está em colheita. As lavouras sem irrigação apresentam sinais de déficit hídrico. Já na Regional de Porto Alegre, segue a colheita. A baixa umidade já causa déficit hídrico. O preço pago ao produtor é de R$ 1,00/kg.

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