Índice de Poder de Compra de Fertilizantes de fevereiro aponta para alta no mercado

Apesar das adversidades, há otimismo para a safra 2021/2022, que deverá ser recorde

10.03.2022 | 13:05 (UTC -3)
Luan Amaral

Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) apresentou queda, indicando melhora para os produtores rurais. Fevereiro fechou em 1,27, representando uma melhora em relação a janeiro (1,50). Os preços das commodities agrícolas, principalmente soja, milho e algodão, apresentaram alta em relação a janeiro, devido às quebras de safra anunciadas após os fatores climáticos adversos, principalmente no Sul do país, e à demanda da safra norte-americana. Por outro lado, a demanda aquecida no sudoeste asiático, alinhada a restrições de exportações na China e à escassez de oferta, promoveram valorização aos preços de fosfatados; enquanto o cloreto de potássio seguiu valorizado devido a questões geopolíticas na Bielorrússia e Rússia.

Importante salientar que a rentabilidade das principais lavouras no Brasil segue a mesma direção, impulsionada pela alta dos preços internacionais das commodities agrícolas e pela taxa de câmbio atual.

Apesar das adversidades (principalmente climáticas na região Sul do país), há otimismo para a safra 2021/2022, que deverá ser recorde em termos de área plantada (72 milhões de hectares, segundo a Conab - Companhia Nacional de Abastecimento) e tecnologia aplicada.

O índice é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes, uma das maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados. O índice consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.

Entendendo o IPCF

O IPCF consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. Uma relação menor que 1,0 indica que os fertilizantes estão mais acessíveis do que no mesmo período em 2017, e uma relação maior que 1,00 significa que os adubos estão menos acessíveis em comparação com o mesmo período.

O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

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